quinta-feira, 29 de novembro de 2018

MARACANGALHA na 2ª Feira Estadual da Reforma Agrária


Nós apresentaremos o espetáculo de teatro de rua  Areôtorare - O verbo negro e bororo do Índio Profeta, dia 07 de dezembro de 2018, às 14 horas, na Praça Ary Coelho, na 2ª Feira Estadual da Reforma Agrária.
E dia 09 de dezembro apresentaremos a intervenção de rua Ferro em Brasa.

Areôtorare - O verbo negro e bororo do Índio Profeta
A ação ceno-poético de rua revisita as obras "Areôtorare" (1935) e "Sarobá" (1936) do escritor modernista Lobivar Matos (1915-1947), nascido em Corumbá (MS), aborda as relações humanas e sociais do seu tempo. Desta forma, questões como desigualdade, preconceito e desenvolvimento econômico são desveladas sob a ótica dos trabalhadores, índios e negros que até hoje "refletem os anseios, as revoltas, as durezas amargas da época e do meio em que vivem" (MATOS, L.).

Ferro em Brasa
Ferro em Brasa aborda a questão do extermínio indígena desde o período do descobrimento do Brasil até os dias atuais, a partir da Carta de Pero Vaz de Caminha, de escritos do Frei Bartolomé de las Casas, poemas de Oswald de Andrade e noticias de violências contra os povos indígenas.


AREÔTORARE no 13º FENTEPIRA

O espetáculo de teatro de rua Areôtorare - O verbo negro e bororo do Índio Profeta será apresentado no 13° FENTEPIRA - Festival Nacional de Teatro de Piracicaba, no dia 02 de dezembro de 2018 às 17 horas, no Parque da rua do Porto, próximo ao Casarão do Turismo.


SINOPSE
A ação ceno-poético de rua revisita as obras "Areôtorare" (1935) e "Sarobá" (1936) do escritor modernista Lobivar Matos (1915-1947), nascido em Corumbá (MS), aborda as relações humanas e sociais do seu tempo. Desta forma, questões como desigualdade, preconceito e desenvolvimento econômico são desveladas sob a ótica dos trabalhadores, índios e negros que até hoje "refletem os anseios, as revoltas, as durezas amargas da época e do meio em que vivem" (MATOS, L.).

Ficha técnica
Direção e dramaturgia: Fernando Cruz  
Texto: Poemas das obras "Areôtorare e Sarobá" de Lobivar Matos  
Encenação: Fernando Cruz e o grupo  
Elenco: Fran Corona, Fernando Cruz, Ariela Barreto, Moreno Mourão, Paulo Augusto, Pepa Quadrini e Renderson Valentim  
Pesquisa: Salim Haqsan, Fernando Cruz e Rogéria Castro Costa  
Preparação e Direção musical: Luiz Carlos Santana
Preparação Vocal: Júlia Mendes
Preparação Corporal: Dora de Andrade  
Adereços: Patrícia Rodrigues e Lício Castro  
Figurino: o grupo | Costuraria: Maria Viveiros
Foto e Vídeo: Vaca Azul  
Assessoria de Imprensa: Brasa Comunicação  
Produção: Ana Capilé

E para ajudar o grupo chegar a Piracicaba, participe da nossa vaquinha: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/de-carona-para-o-maraca-chegar-no-fentepira

terça-feira, 16 de outubro de 2018

AREÔTORARE no Seminário Antropologias Contemporâneas e Fronteiras

O Teatro Imaginário Maracangalha apresentará o espetáculo Areôtorare no Seminário Antropologias Contemporâneas e Fronteiras do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Data: 17 de outubro de 2018
Horário: 18:30
Local: Auditório SEDFOR (UFMS)


segunda-feira, 27 de agosto de 2018

VIII MOSTRA DE REPERTÓRIO


TEKOHA 
Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno
O espetáculo narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, Tekoha, tem um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha faz da rua a representação tão sagrado aos guaranis.

CABEÇA DE PAPELÃO
"Cabeças e relógios querem-se conforme o clima e a moral de cada terra" - João do Rio (1881-1921)
A intervenção performativa inspirada no conto O homem da cabeça de papelão de João do Rio expressa em forma crítica uma sociedade dominada pela alienação social, econômica e intelectual. Interferindo no cotidiano das cidades silenciosamente, as imagens dos atores em suas cabeças de papelão provocam indagações sobre a coisificação do ser humano nos dias de hoje criando uma metáfora do dia a dia.

OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO
Operário em Construção trata de um operário que entra em processo de conscientização individual e resiste à exploração através da palavra “não”. É um dos poemas de lírica comprometida com o cotidiano e seus conflitos sociais. Intervenção de rua que performa e interage no dia a dia das cidades a qualquer hora em qualquer lugar tendo com referência a poesia de Vinícius de Moraes.


FERRO EM BRASA
A intervenção de rua em teatro épico aborda  o impacto da invasão   das terras indígenas de 1500 até hoje no Brasil e na América com a chegada das primeira naus e os primeiros contatos com os povos originários  . É construída a  partir das cartas de  Bartolomé de Las Casas (1507),Pero Vaz de Caminha (1500), poemas de Oswald de Andrade  e notícias recorrentes em  jornais atuais.

AREÔTORARE
O verbo negro e bororo do índio profeta
A ação cênica/performativa Areôtorare vem sendo pesquisada na rua a seis anos pelo Teatro Imaginário Maracangalha. Na trajetória de pesquisa do movimento e das ações da poesia vários formatos foram experimentados: leituras públicas em forma de manifestos (agitprop), ações físicas dos personagens e situações dos poemas, do autor, cortejos, desfragmentação da palavra, fragmentação do texto, escritas nos figurinos e nos corpos, sempre na busca das várias representações possíveis a partir da palavra, da poesia, da obra do autor sem perder de vista seu contexto histórico (modernismo no Mato grosso/Brasil) e o contexto em que vivemos, procurando paralelos e semelhanças com a contemporaneidade. As intervenções já contaram com a participação de quinze atores e músicos, hoje o trabalho se apresenta com sete atores/músicos que surpreendem o público a cada apresentação já que a ação pode ocorrer em qualquer espaço ,público (praça, feiras, ruas, calçadões, terminais de ônibus), dialogando com o fluxo de cada rua ou cidade. A ação cênica/performativa em cena e poesia é itinerante e interativa percorrendo ruas convocando o público a viajar pela ação das palavras que saem do papel e ganham vida, dando visibilidade ao conteúdo invisível das palavras, sendo a cada apresentação uma vivência única. As músicas em cena são autorais e baseadas no universo do autor. As apresentações tem percorridos festivais e feiras literárias revelando ao público a literatura modernista do Brasil central, desvelando através da palavra em ação o manifesto modernista do antigo Mato Grosso (Manifesto a minha gente -Corumbá, Mato Grosso 1935) e a obra deste importante autor, Lobivar Matos, "O Poeta Desconhecido", e que hoje é reconhecido no cânone da literatura e patrimônio cultural brasileiro e tem muito a dizer e a refletir com poesia os tempos em que vivemos.

CONTO da CANTUÁRIA
da obra Contos de Canterbury
de Geoffrey Chaucer (1340)
“...Eu vou pra Maracangalha eu vou...” cantando assim pelas ruas e cortejando a cidade, o Teatro Imaginário Maracangalha inicia o espetáculo de rua Conto da Cantuária.
O “Conto da Cantuária” em um longo processo de pesquisa, tornou-se elemento de pesquisa do grupo, conquistando público, prêmios, vários anos de circulação e uma pesquisa científica.
A peça teatral “Conto da Cantuária” é uma adaptação da obra Contos de Canterbury escrita pelo autor inglês Geoffrey Chaucer no período de 1384 - 1400, em plena inquisição na idade média.
O texto crítico e humorado é constituído de 29 contos e o grupo optou pela montagem do “Conto do vendedor de indulgências”, que retrata de forma farsesca e ácida o comércio das religiões e as corrupções em nome de deus, do dinheiro e da ambição, traçando um paralelo com os dias atuais.
O espetáculo estreou em 2009. Na montagem atual o elenco é composto pelos atuadores Renderson Valentim, Fran Corona, Moreno Mourão e Fernando Cruz que atua e assina a direção da peça.
No espetáculo, o Teatro imaginário Maracangalha mantém seu processo de pesquisa continuado e afirma a identidade do grupo que opta pelo teatro de rua, debatendo temas, ideias, formas e meios estéticos que vão de encontro a realidade dos trabalhadores, transeuntes das ruas dos centros e periferias da cidade, fazendo arte pública, sem fronteiras. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

SEMINÁRIO ARENA ABERTA - POÉTICAS ALÉM DAS MARGENS


Armados de Poesia para além da margens e contornos da cidade:
DOUGLAS DIEGUES & GILFRANCO ALVES, hoje 19 horas na sede do Teatro Imaginário Maracangalha no Seminário Arena Aberta - Poéticas Além das Margens.
VENHA, a ARENA É ABERTA!
Venha dialogar na roda.


segunda-feira, 13 de agosto de 2018

MARACANGALHA - 12 Anos com os Pés na Rua

ATENÇÃO MARACA AGORA É SÉRIO!
VAI COMEÇAR TUDO... TUDO... TUDO DE NOVO!




O Teatro Imaginário Maracangalha tem o que celebrar. São 12 anos de trabalho e pesquisa continuada em teatro de rua e 10 anos de Sarobá ocupando a cidade.

Para celebrar, o coletivo ocupa dessa vez o Bar do seu Calepes ou o Grego como é conhecido o dono do bar que carrega uma simpatia e generosidade incrível e também a memória da transformação da cidade a partir do bairro Cabreúva e das pessoas que passam por ali para provar a cachaça de laranja, os lanches deliciosos e até remédios de plantas medicinais que atravessam o mundo com suas curas.

O grupo legitima sua postura estética e política ocupando a rua, celebrando os botecos populares e suas memórias e dialogando na roda a cidade que queremos por isso nos inspiramos nos 50 anos da Feira Brasileira de Opinião e 50 anos do maio 68, referências de reação das artes contra a censura e o autoritarismo já que vivemos novamente tempos sombrios.

Dia 24 de agosto o Sarobá começa com o Seminário Arena Aberta – Poéticas além das margens e que tem como convidados duas feras, o poeta Douglas Diegues com poemas, sons e o conceito de portunhol selvagem relacionado a cultura Guarani e o arquiteto e artista Gilfranco Alves e o seus processos em cibersemiótica , videomapping e Ocupação de espaços públicos .

Dia 25 de agosto a celebração é na rua com o Sarobá de Opinião no bar do seu calepes , o bar e a rua a rua e o bar e a gente no meio disso tudo com muita música ao vivo, performance, poesia, artesanato, artes visuais, dança, cultura da infância com muita atividade para criançada, cultura popular e a feira de trocas.

A Feira de Trocas promove uma outra economia, a economia solidária, onde podemos levar o que quisermos para trocar (livros, CDs, brinquedos, sementes, plantas, o que der na telha...) organizado pelo movimento da Central de Comercialização de Economia Solidária atuante em todo o Brasil . 

E para fechar com chave de ouro acontece no Sarobá o Cortejo de São Genésio (25 de agosto é dia dele) dia do aniversário de 12 anos do Maracangalha e abre os caminhos para VIII Mostra de Repertório (sete trabalhos diferentes, teatro de rua, intervenção e performance) que acontece a partir do dia 28 de agosto.

É como disse o poeta Lobivar Matos (1917-1945) em seu livro Sarobá:
“...Quebrando os velhos moldes, abandonando os temas irrisórios, dando largas ao pensamento livre, os poetas da geração moderna são obrigados a falar nas coisas humildes, nos dramas cruciantes dos desgraçados, dos miseráveis, dos párias sem pão, sem amor e sem trabalho.
Esse é o papel dos poetas da minha geração! “ (Manifesto a minha gente 1935).

E assim seguimos pelas ruas a 12 anos: Muito trabalho, persistência, pesquisa, resistência e dignidade. EVOÉ!

SAROBÁ DE OPINIÃO


Sexta-feira, 24/08
Sede do Teatro Imaginário Maracangalha [rua Nicolau Fragelli, 86]
19h - Seminário Arena Aberta: Poéticas além das margens 
Convidados: Poeta Douglas Diegues e Arquiteto Gilfranco Alves 
Mediação: Thiago Rodrigues de Carvalho

Sábado, 25/08
Bar do seu Calepes [rua Santos Dumont, 283]
15h - Sarobá De Opinião

Programação
Apresentação: Maíra Espíndola
DJs: Maíra Espíndola e Henrique Lucas 

Cultura da Infância:15h
Neska Brasil/ Ateliê Mundo
Leitores ao Vento
Economia Solidária – Feira de Trocas
Bate-papo com as Doulas

Música:
Joyce Terra e Raphael Vital 
Irene e Irani – Irmãs Vai ou Racha 
Peixes Entrópicos 
Alien Sputnik
Coletivo Ksulo

Artes Plasticas:
Leonardo Mareco

Dança:
Grupo Femme
Cultura Popular:
Escola de Capoeira Angola – Camuanga de Angola
Grupo Tikay - Bolívia

Poesia 
Maria Maria
Iuri Lucas

Performance:
Rah Conde

Intervenção:
Cortejo de São Genésio com Teatro Imaginário Maracangalha

Artesanato Gastronomia e Festa



VIII MOSTRA DE REPERTÓRIO

Quarta-feira, 29/08
Praça Ary Coelho
11h - Espetáculo Tekoha - Ritual de vida e morte do Deus Pequeno
17h - Intervenção Cabeça de Papelão

Quinta-feira, 30/08
Feira da Orla Morena
20h - Intervenção Operário em Construção

Sexta-feira, 31/08
Praça Ary Coelho
12h - Intervenção Ferro em Brasa
19h30 UEMS/ JART Cortejo até a Praça do José Abrão
Praça do José Abrão
20h - Espetáculo Areôtorare - o Verbo negro e bororo do Índio Profeta

Sábado, 01/09
Lariscas da Lu
20h - Espetáculo Conto da Cantuária

Domingo, 02/09
Orla Aeroporto
16h Espetáculo Tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha

Arte: Maíra Coraci

domingo, 5 de agosto de 2018

MARACANGALHA 11 Anos nas Ruas - FOMTEATRO 2017

E assim finalizamos o projeto Maracangalha 11 anos nas ruas com o coração transbordando de alegria por poder contar com tanta gente generosa em nosso caminho. Queremos transformar por isso também estamos em constante transformação e a força do afeto nos move. Sim! Somos maloqueiros, baderneiros, festeiros, arruaceiros, bagunceiros, mas sobre tudo muito afetuosos, acreditamos na alegria, no amor e no respeito, lutamos por uma vida mais digna e justa por isso estamos nas ruas, praças, largo, feiras, chão de terra batida, no asfalto, em qualquer lugar que caiba, levando o que temos de melhor o que fazemos de coração a quem faz parte dessa história e nos da combustível para caminhar, o público que nos recebe com muito carinho e generosidade nesses anos todos de existência e resistência.
Com esse projeto conseguimos dar uma revisitada em todos os nossos espetáculos do repertório e nos qualificar como trabalhadorxs e atuadorxs rueirxs, com ajuda de gente querida e sabida, verdadeirxs comparsas, que nos mostraram caminhos e compartilharam seus saberes conosco. Ter professorxs é transformador e tivemos a oportunidade de trabalhar com pessoas amorosas que acreditamos muito no trabalho e isso foi delicioso. Só temos a agradecer, por acreditarem no nosso trabalho e pela disponibilidade dxs lidxs, Dora de Andrade, Julia Mendes, Luiz Carlos Santana, Maíra Espíndola, Helton e Hanna do Vaca Azul.
Encerramos esse ciclo mas já estamos começando outro.
Esperamos todxs na encruzilhada mais próxima para trocar olhar afeto e muita alegria e comemorar mais um ano de vida, que venham mais cem.
Então... ATENÇÃO MARACANGALHA AGORA É SÉRIO VAI COMEÇAR TUDO TUDO DE NOVO!



quinta-feira, 5 de julho de 2018

TRAGICOMÉDIA em UM CICLO DE VIDA

Esse fim de semana tem espetáculo? 
Tem sim senhorxs!!!
De sexta a domingo "A tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha" no grupo CIRCO DE MATO,  pelo projeto UM CICLO DE VIDA.
O CIRCO DO MATO fica na rua Tonico de Carvalho 263 bairro Amambaí.
Vamos? Eu Vou! 

TRAGICOMÉDIA DE DOM CRISTÓVÃO E SINHÁ ROSINHA
Sinhá Rosinha quer casar, mas, como enfrentará o autoritário pai, o prepotente dom Cristóvão, o ex-namorado e seu apaixonado pretendente? Como escapará de um casamento forjado pelo dinheiro e viverá o seu amor desimpedido? Como diz sinhá Rosinha: “que se dane seu dinheirinho eu quero é o amor!”. Uma farsa que exalta os valores como a independência, a arte e o amor.


Ficha técnica
Adaptação do texto de Federico Garcia Lorca
Direção: Fernando Cruz
Direção musical: Jonas Feliz
Atuadores: Ariela Barreto, Fernando Cruz, Fran Corona, Moreno Mourão e Renderson Valentim
Figurino, cenografia, adereços e maquiagem: Ghva
Arte : Thiago Silva/Najom
Registro audiovisual: Cátia santos
Fotografia: Diogo Gonçalves/Ateliê Passarinho
Realização : Teatro Imaginário Maracangalha
Comparsas: Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR), Najom, Ateliê Passarinho, Associação Miguel Couto, Degrau Estúdio, BRASA Comunicação, Teatral Grupo de Risco, Circo do Mato e Flor & Espinho Teatro
Investimento – FCMS –Prêmio Rubens Correa de Teatro 2014


terça-feira, 12 de junho de 2018

MARACANGALHA 11 Anos nas Ruas - FOMTEATRO 2017


O Teatro Imaginário Maracangalha Orgulhosamente apresenta: Mostra Maracangalha 11 anos nas ruas.
São 11 (quase 12) anos de muita luta festa e alegria que queremos comemorar com a mostra que colocará todos os espetáculos de nosso repertório no seu devido lugar, ou seja, na rua, esse território sagrado onde tudo acontece, nascemos, crescemos, e nela permanecemos, e agora na rua que nos pariu convidamos todxs para acenderem as velas nas encruzilhadas erguer as mãos pro céu e gritar LAROIÊ BARÁ abra os caminhos que estamos chegando com espetáculos, intervenções, seminário e finalizamos com rendevu, aquele sarauzinho boca quente para ninguém ficar parado . A mostra começa domingo dia 10/08 e vai até sábado 16/06. evoé a rua é nossa venha comemorar com a gente esse território que é de todxs,

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A LEI GARANTE O TRABALHO DE ARTISTA DE RUA EM TERRITÓRIO NACIONAL





A lei garante o trabalho de Artista de rua em território nacional.

Segue abaixo o texto do Artigo da Constituição Federal e os parágrafos  que garantem os direitos de livre expressão e locomoção que podem ser utilizados por tod@s @s Artistas de Rua que estejam em território nacional. Diante de quaisquer que sejam as abordagens que possam ferir seus direitos garantidos por esta constituição.

A Constituição Federal- Texto promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão N°s 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais N°s 1/92 a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo n° 186/2008.


Constituição Federal- Título II- Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Capítulo I- Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos


Artigo 5° - Tod@s são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e a propriedade, nos termos seguintes:

Parágrafos acerca da liberdade de expressão e locomoção

I - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos artigos desta constituição;

III - Ninguém será submetid@ a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

IV - É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

IX - É livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

XV – É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;


A Constituição Federal é o mais alto livro de lei de uma nação. Nenhum decreto publicado por prefeitura municipal ou governo estadual pode ser contra o que está estabelecido nela. Se houver confronto de ideias em qualquer nível de lei, prevalece a ordem federal.


10 de janeiro de 2018, Rede Brasileira de Teatro de Rua - RBTR 

Carta do XXI Encontro da REDE BRASILEIRA DE TEATRO DE RUA





XXI Encontro da REDE BRASILEIRA DE TEATRO DE RUA - RBTR
dezembro/2017 - Parelheiros, São Paulo
“A arte não pode ser calada”

Se quem cala consente
Quem fala? Quem sente?
Se cala quem consente 
E consente porque cala. 
Somos calad@s sem consentimento 
Mas sentimento não se cala,
É sentido  
Não falar não faz sentido.
Não consentimos que nos calem à força.
Não estamos sós, somos voz!
A fala que controla  
Amordaça quem não fala,
Mente à gente. Cala mentes;
Controla o que se fala.
É preciso calar quem sempre
dominou o poder da fala, 
Pois só falam os que têm poder.
Nosso poder está em deixar gritar quem nunca pôde falar.
Falas de Poder.  
Poder falar 
E falar não: 
Poder falar de calar o poder.
Quem sempre falou, agora tem que escutar!
Pelo fim da censura e da perseguição de povos indígenas, negr@s, LGBTTs, mulheres, religiões de matrizes africanas, d@s artistas de rua e trabalhador@s da Cultura, população em situação de rua, campones@s e sem terras, refugiad@s, ambulantes, periféric@s e tod@s @s oprimid@s. Que as Margens não se calem e não se deixem ser caladas.

O XXI encontro da RBTR foi realizado em Parelheiros do dia 08 a 11 de Dezembro, na resistência e solidariedade. A princípio deveria acontecer em Osasco com apoio da Secretaria de Cultura local, mas por conta do processo de censura e perseguição aos movimentos culturais de Osasco e demissão do Secretário de Cultura, foi preciso mudar o local do encontro às pressas. Mesmo em meio ao projeto de desmonte das políticas públicas, resistindo ao governo golpista e à atual conjuntura dessa Dita Democracia, realizamos a XII Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas, cortejos, debates e o XXI encontro da RBTR com plenárias, rodas de mulheres e espaços de troca e formação.

Resistir, reexistir, resistência
Persistir, permitir, experiência!
Resistimos
Não por justiça, por sobrevivência.
Ansiedade, a ânsia e o anseio pelo novo tempo.
pelo mundo sem dono, sem patrão.
Temos urgência, mas haja paciência!
Em meio a tanta confusão e dúvidas
Resistimos como no movimento das águas que nos fortalece, mas também desestabiliza
São as forças da tradição e d@ nov@
Dificuldade de comunicar com afeto,
Tolerar é pacto ou compreensão?
Experiência prática, erros, confusão.
Aprendizado na ação. 
É o nosso Ritual da Resistência.
Fortalecemos para desestabilizar, confundimos para desconfundir.
Lutar cuidando de nossa saúde mental.
Quanta ansiedade, quanto mais se pensa é louco e louco fica se pensa pouco.
Não somos histéricas, resistimos...
Pois a sua boa educação me faz mal, mal educada.
Feminino, amor, diversidade, queremos liberdade!
Roda de mulheres, linda roda, lindas belas trans mulheres.
O tempo, a têmpera, amada presença.
Tempera 
Negraluz, as águas, mãe.
Se tentam nos tirar a potência, com a potência criativa atacaremos.
Okuparemos
É por re(ex)istir. 
- Denunciamos e repudiamos o desmonte das políticas públicas de cultura em âmbito federal, como os editais da Funarte, entre eles o Myriam Muniz (teatro), Klaus Viana (Dança) e Artes na Rua (circo, dança e teatro) e o programa Pontos de Cultura, que não tiveram continuidade em 2017. - Denunciamos e repudiamos o fim das reuniões do colegiado setorial de teatro, ligado ao Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), cujas reuniões deixaram de acontecer no ano de 2017.
- Repudiamos a reintegração do policial militar Marcelo Coelho, julgado pela Justiça Militar pelo assassinato da artista de rua Lua Barbosa, à Polícia Militar do Estado de São Paulo. A RBTR reitera “A impunidade é mais dolorosa que a morte!”.
- Não nos calaremos frente às práticas de censura contra a Mostra Cena Vermelha de Osasco e todas as violências contra @s trabalhador@s e ocupantes das ruas. Construímos uma carta-modelo da RBTR, de apoio aos grupos que fazem arte de rua, pela liberdade de expressão, contra a censura, com base no artigo 5º da Constituição Federal. 
- Repudiamos o desmonte de políticas culturais consolidadas na cidade de São Paulo: cortes nas oficinas culturais nos CEUS e outros equipamentos (Programas Piá e Vocacional), o desmonte da Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA), a diminuição em 30% dos recursos destinados ao Programa VAI (política que busca incentivar a autonomia da juventude periférica), a suspensão do Programa Aldeias (que fortalece aldeias indígenas existentes na cidade), os cortes nos programas de fomento a grupos culturais (teatro, dança, circo, cultura digital, periferia), os atrasos de pagamento e abandono aos agentes comunitários de cultura, e a precarização do trabalho nas Fábricas de cultura no estado de São Paulo;
- Parelheiros foi sede para nosso encontro, região imensa ao extremo sul da cidade de São Paulo, na qual situam-se as duas maiores Áreas de Proteção Ambiental do município, além das aldeias Guarani Krukutu e Tenondé-Porã, da Nação Guarany, área rural de difícil acesso, que conta com 50 mil habitantes e índices altíssimos de violência. O único equipamento que o poder público destina à cultura é o CEU Parelheiros, que, à revelia do projeto inicial, foi construído sem teatro. Apoiamos o Fórum de Cultura de Parelheiros na luta pela implantação da CASA DE CULTURA, que apesar de ter sido construída em 2009, por motivo desconhecido, o edifício nunca foi usado para os devidos fins – ao contrário: até 2015, a comunidade cultural local nunca soube de sua existência, uma parede dividiu o edifício, metade foi entregue ao Conselho Tutelar e a outra metade permanece abandonada até hoje, com janelas quebradas e fios elétricos subtraídos. Exigimos o encaminhamento adequado e atenção merecida à Cultura da Região.

São Paulo à Venda. Há Venda São Paulo.  
Liberdade
Cidade à Venda
Diversidade
Cidade com Venda
Comicidade
Cidade sem renda
Cidade linda pra quem?
Pra quê?
Pra comer ração humana?
Pra derrubar prédio com pessoas dentro?
Come Cidade
Devora o que te engole,
Vomita as migalhas destinadas à Cultura
Não pedimos esmolas, trabalhamos!
E exigimos que os frutos da luta do nosso trabalho sejam cumpridos; nutridos, acolhidos.  
Se querem nos calar a força, com força diremos não: A Nossa arte não vai se calar. Nossa arte é o grito d@s oprimid@s/ d@s que estão à margem, não iremos nos calar!

Carta-manifesto construída coletivamente com muitas mãos. Comum às mãos.

Dezembro de 2017 – Parelheiros – São Paulo