segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

MARACANGALHA no 8º Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense




8º Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense


O Teatro Experimental de Alta Floresta (TEAF) realiza a oitava edição do Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense, entre os dias 7 e 13 de dezembro. Com programação gratuita o evento contará com 24 atrações que acontecerão em dez lugares distintos da cidade, colocando Alta Floresta no cenário artístico nacional durante a sua semana de realização.
Nessa edição, haverá a participação de onze grupos teatrais de três estados brasileiros, além de uma intervenção de artes visuais e um show de encerramento. Participarão desta edição os grupos: Theatro Fúria, Coletivo Spectrolab, Cia. Thereza Helena, Cia Pessoal de Teatro, Grupo Tibanaré e Vinícius dos Santos, de Cuiabá/MT, Teatro Faces Jovem de Primavera do Leste/MT, os artistas grafiteiros Thiago Sampaio (Sampa) de Sinop e Adão Silva (Babu) de Cuiabá, Vinícius Piedade de São Paulo/SP e Grupo Teatro Imaginário Maracangalha de Campo Grande/MS. De Alta Floresta integram a programação o próprio Teatro Experimental de Alta Floresta, o Grupo Fulcro Abstração e a Banda Projeto Psiconáuticos.
Com temáticas e estéticas bastante diferenciadas, os espetáculos foram selecionados com intuito de propiciar uma experiência singular e provocadora ao público. “Podemos afirmar que conseguimos estruturar uma edição com produções muito potentes. A população de Alta Floresta e região terá a oportunidade de ver trabalhos de grupos de repercussão nacional e internacional”, diz Ronaldo Adriano, membro do TEAF e coordenador do Festival.
O evento terá início com um cortejo cênico com saída do Museu de História Natural de Alta Floresta pelas avenidas centrais no dia 7 pela manhã. Outras apresentações acontecem em outros espaços públicos da cidade, como a Praça da Cultura, Praça Cívica, Feira Livre Municipal e Praça do Bom Pastor. Haverá ainda apresentações nas Escolas Ludovico da Riva Neto, Geny Silvério Dalarincy e Jardim Universitário, localizadas respectivamente nos bairros Vila Nova, Panorama e Jardim Universitário. O Ponto de Cultura Barracão de Flores, na Comunidade Guadalupe também receberá ações do festival garantindo a integração urbano/rural no que diz respeito ao acesso de arte e cultura. O restante da programação acontecerá no Espaço Cultural TEAF, sede do Teatro Experimental, localizada na Perimetral Rogério Silva, 3747.
Além dos espetáculos haverá a realização de três edições da Tertúlia Teatral nos dias 8, 10 e 13 de dezembro, que são momentos onde os grupos e artistas participantes promovem reflexões sobre as formas de produção, de seus processos artísticos e de gestão.
“Diante das dificuldades que o setor cultural tem enfrentado neste ano, conseguir realizar mais uma edição do festival é motivo de celebração e resistência”, pontua Wesley Ramos, membro do TEAF e da equipe curatorial do festival.
O 8º Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense tem o patrocínio do Governo do Estado do Mato Grosso, através Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Lazer.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA
07/12 – SÁBADO
9h30 - Cortejo Cênico Teatral
Grupo Teatro Imaginário Maracangalha - Campo Grande/MS
Local: Centro (saída do Museu de História Natural)
Classificação: Livre

17h - Epifânia
Coletivo Spectrolab - Cuiabá/MT
Local: Praça da Igreja Matriz
Classificação: Livre

19h30 - Abertura Oficial
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: 12 anos

20h30 - Todo Mês Sangra
Teatro Experimental de Alta Floresta - Alta Floresta/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: 12 anos

21h30 - Intervenção Grafite *
Grafiteiros: Sampa e Babu - Sinop/MT e Cuiabá/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: Livre
* esta atividade se extende ao longo da programação do festival


A partir das 19h - Bar ‘Ápeiron’
Espaço de confraternização e interação entre pessoas, comidas e ideias.
Local: Espaço Cultural TEAF

08/12 – DOMINGO
8h30 - Resí(duo)
Coletivo Spectrolab - Cuiabá/MT
Local: Feira Livre
Classificação: Livre

9h30 - Areôtorare – o verbo negro e bororo do índio profeta
Grupo Teatro Imaginário Maracangalha - Campo Grande/MS

Local: Feira Livre
Classificação: Livre

13h - Tertúlia Teatral 
Grupos participantes: TEAF, Grupo Teatro Imaginário Maracangalha, Coletivo Spectrolab e Cia. Thereza Helena
Local: Barracão de Flores – Sítio Flores, estrada Pedra do Índio, comunidade Nossa Senhora do Guadalupe

16h30 - Tira a Mão
Coletivo Spectrolab - Cuiabá/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: Livre

19h30 - Inhamor
Cia. Thereza Helena - Cuiabá/MT
Local: Barracão de Flores – Sítio Flores, estrada Pedra do Índio, comunidade Nossa Senhora do Guadalupe
Classificação: Livre

Intervenção Grafite
Grafiteiros: Sampa e Babu

09/12 – SEGUNDA-FEIRA
10h30 - Pachamama
Cia. Thereza Helena - Cuiabá/MT
Local: Escola Ludovico da Riva Neto - Bairro Vila Nova
Classificação: Livre

14h30 - Game Over – Teatro Lambe-lambe
Cia. Thereza Helena - Cuiabá/MT
Local: Escola Geny Silvério Dalarincy – Bairro Panorama
Classificação: Livre

15h - Furiosa Máquina Historiadora
Theatro Fúria - Cuiabá/MT
Local: Escola Geny Silvério Dalarincy – Bairro Panorama
Classificação: Livre

19h - Teckohá - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno
Grupo Teatro Imaginário Maracangalha - Campo Grande/MS
Local: Praça da Cultura
Classifica: Livre

20h30 - Entre Não Lugares
Cia Pessoal de Teatro - Cuiabá/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: Livre

Intervenção Grafite
Grafiteiros: Sampa e Babu

A partir das 19h - Bar ‘Ápeiron’
Espaço de confraternização e interação entre pessoas, comidas e ideias.
Local: Espaço Cultural TEAF

10/12 – TERÇA-FEIRA
9h - Tertúlia Teatral 
Grupos participantes: Cia Pessoal de Teatro, TEAF e Teatro Faces Jovem
Local: Espaço Cultural TEAF

17h30 - Cortejo Capetim
Grupo Teatro Imaginário Maracangalha - Campo Grande/MS
Local: Praça do Bom Pastor - Bairro Bom Pastor
Classificação: Livre

20h30 - Elefante
Teatro Faces Jovem - Primavera do Leste/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: 16 anos

Intervenção Grafite
Grafiteiros: Sampa e Babu

A partir das 19h - Bar ‘Ápeiron’
Espaço de confraternização e interação entre pessoas, comidas e ideias.
Local: Espaço Cultural TEAF

11/12 – QUARTA-FEIRA
9h - O Acordo
Teatro Faces Jovem - Primavera do Leste/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: 14 anos

18h30 - Romeu e Julieta
Teatro Faces Jovem - Primavera do Leste/MT
Local: SISCOS – Praça Cívica
Classificação: Livre

19h - Sarau SISCOS
Local: Praça Cívica
Classificação: Livre

20h30 - Hamlet Cancelado
Vinícius Piedade & Cia - São Paulo/SP
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: 14 anos

Intervenção Grafite
Grafiteiros: Sampa e Babu

A partir das 19h - Bar ‘Ápeiron’
Espaço de confraternização e interação entre pessoas, comidas e ideias.
Local: Espaço Cultural TEAF

12/12 – QUINTA-FEIRA
9h - Agro Negócio
Grupo Fulcro Abstração (IFMT) - Alta Floresta/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: 14 anos

20h30 - TaiChiBanana
Grupo Tibanaré - Cuiabá/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: 14 anos

Intervenção Grafite
Grafiteiros: Sampa e Babu

A partir das 19h - Bar ‘Ápeiron’
Espaço de confraternização e interação entre pessoas, comidas e ideias.
Local: Espaço Cultural TEAF

13/13 – SEXTA-FEIRA
9h - Tertúlia Teatral 
Grupos participantes: Fulcro Abstração, TEAF, Vinícius Piedade & Cia, Grupo Tibanaré e Theatro Fúria
Local: Barracão de Flores – Sítio Flores, estrada Pedra do Índio, comunidade Nossa Senhora do Guadalupe

14h - Furiosa Máquina Historiadora
Theatro Fúria - Cuiabá/MT
Local: Centro (próximo da Caixa Econômica Federal)
Classificação: Livre

15h30 - Palhaçando
Grupo Tibanaré - Cuiabá/MT
Local: Escola Jardim Universitário
Classificação: Livre

20h30 - O Pirata & Deus
Theatro Fúria - Cuiabá/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: 12 anos

21h30 - Show Pátria Amarga Brasil
Banda Projeto Psiconáuticos - Alta Floresta/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: 12 anos

21h45 - Performance Memórias Barrentas de Barros

Vinicius dos Santos - Cuiabá/MT
Local: Espaço Cultural TEAF
Classificação: Livre

Intervenção Grafite
Grafiteiros: Sampa e Babu

A partir das 19h - Bar ‘Ápeiron’
Espaço de confraternização e interação entre pessoas, comidas e ideias.
Local: Espaço Cultural TEAF

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Cortejo CAPETIM no Sarau VIVA AMAMBAÍ




O Teatro Imaginario Maracangalha apresentará o CORTEJO CAPETIM no Sarau VIVA AMAMBAÍ dia 01 de dezembro na Praça Cuiabá a partir das 16h.

Entre espetáculos e intervenções criticas e provocadoras, o “TIM”, também sempre levou às ruas cortejos musicais, como uma forma de celebrar a união dos amigos e festejar à vida. Tudo isso onde vida deve ser celebrada, na rua! Os anos se passaram, o grupo cresceu, e o Cortejo também cresceu. Hoje, o Cortejo Cenopoético da Anarcobanda Performática do Teatro Imaginário Maracangalha, ou carinhosamente conhecido como CAPETIM, acumula um repertório, poesias, musicas populares, musicas autorais e proezas físicas, que tem dado uma boa chacoalhada nas estruturas da nossa cidade. Abençoados com bravura do Deus Pequeno, e fortalecidos com as palavras do Índio Profeta , o Maracangalha pede licença, porque o CAPETIM vai passar!  

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

AREÔTORARE no IV Seminário Estadual de Cultura e Educação


Com o objetivo de promover o diálogo entre a Cultura e a Educação,  por meio do debate entre professores, acadêmicos, arte educadores, educadores museais e artistas do estado do Mato Grosso do Sul, que carrega em sua constituição social a pluralidade cultural. Propiciando um espaço de construção e disseminação de saberes pertinentes as diversidades culturais.  O evento será realizado nos dias 25 e 26 de novembro de 2019 em Campo Grande, MS, no  Museu da Imagem e Som – MIS e no dia 27 de novembro na Faculdade Novoeste 




 IV Seminário Estadual de Cultura e Educação


segunda-feira, 14 de outubro de 2019

SAROBÁ no D ROLÊ



Teatro Imaginário Maracangalha Celebra 9 anos de SAROBÁ – no Sábado 12 de outubro de 2019.
Inspirado na poesia e obra SAROBÁ, de 1936, do poeta corumbaense Lobivar Matos, o Teatro Imaginário Maracangalha realiza mais uma edição do Sarobá, evento de multiplas linguagens artísticas.
Nessa trajetória o Sarobá mantém o mesmo princípio de ocupar a cidade com arte, desvendar lugares esquecidos ou não conhecidos, fortalecer a vida cultural da cidade em resposta a pouca programação cultural nos espaços públicos abertos e promover a cultura da paz pela arte.
Ao longo de 9 anos o evento, sempre gratuito, resgata a história da cidade e seus moradores através da memória dos bairros onde o Sarobá acontece, memoria das suas praças e botecos, dos botequeiros, frequentadores e moradores dos locais.
Daí então com a participação da comunidade local e do Coletivo Imaginário Maracangalha a festa de rua, seu tema, música do Cortejo e tema do seminário é escolhido .
O Seminário Arena Aberta, dialoga sobre arte, cidade, estéticas e políticas públicas para as artes públicas com convidados bem especiais.
Hoje o SAROBÁ faz parte da vida cultural de Campo Grande aprofundando o conhecimento sobre a cidade seu povo e a arte produzida aqui, integrando a comunidade, apostando na auto gestão como forma de difusão das artes.
A edição de 9 anos leva o nome de SAROBÁ SARAVÁ NOSSA SENHORA e acontece na Orla do São Francisco ao lado do pontilhão da via ferroviária entre a avenida Ernesto Geisel e a rua Laguna.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

SAROBÁ SARAVÁ NOSSA SENHORA


Teatro Imaginário Maracangalha Celebra 9 anos de SAROBÁ – no Sábado 12 de outubro de 2019.
Inspirado na poesia e obra SAROBÁ, de 1936, do poeta corumbaense Lobivar Matos, o Teatro Imaginário Maracangalha realiza mais uma edição do Sarobá, evento de multiplas linguagens artísticas.
Nessa trajetória o Sarobá mantém o mesmo princípio de ocupar a cidade com arte, desvendar lugares esquecidos ou não conhecidos, fortalecer a vida cultural da cidade em resposta a pouca programação cultural nos espaços públicos abertos e promover a cultura da paz pela arte.
Ao longo de 9 anos o evento, sempre gratuito, resgata a história da cidade e seus moradores através da memória dos bairros onde o Sarobá acontece, memoria das suas praças e botecos, dos botequeiros, frequentadores e moradores dos locais.
Daí então com a participação da comunidade local e do Coletivo Imaginário Maracangalha a festa de rua, seu tema, música do Cortejo e tema do seminário é escolhido .
O Seminário Arena Aberta, dialoga sobre arte, cidade, estéticas e políticas públicas para as artes públicas com convidados bem especiais.
Hoje o SAROBÁ faz parte da vida cultural de Campo Grande aprofundando o conhecimento sobre a cidade seu povo e a arte produzida aqui, integrando a comunidade, apostando na auto gestão como forma de difusão das artes.
A edição de 9 anos leva o nome de SAROBÁ SARAVÁ NOSSA SENHORA e acontece na Orla do São Francisco ao lado do pontilhão da via ferroviária entre a avenida Ernesto Geisel e a rua Laguna.

12. 10. 2019
Programação:
Começa 15 horas com Aulão de Ioga ao Ar Livre com Fran Corona
Apresentação - Artista multi Maíra Espíndola
Música
Alíen Sputinik
Billie Negra
Sintrópicos
Camila Brasil

Cultura Popular - Capoeira Angola e Samba rural com Camuanga de Angola – Mestre Pequeno

Artes Visuais – Lambe - Lambe com Leornado Mareco

Poesia Falada - Slam Camélia

Performance
Thiago Silva
Merineusa
Barbela Mortis

DJs
Maíra Espíndola
Amarelo Manga
Jéssica Machado
Tamara Prant

Cinema – Transcine

Dança – DançaUrbana

Feira de vendas artes e artesanato e trocas – Central de Economia Solidária
Distribuição de mudas de árvores nativas – Florescer – Nereu Rios 
Cultura da Infância – leitura e brincadeiras

Cortejo – Teatro Imaginário Maracangalha 

11. 10. 2019
Seminário Arena Aberta –  Poesia falada e Performance – fruição de rua
Convidados – Slan camélias e IpeFormático 
Duas vivências de arte e cidade, encontros, caminhos estéticos, direito a cidade, comportamento, arte contemporânea, arte e política na fruição da arte da rua.
Local e horário – sede do Imaginário Maracangalha rua Nicolau Fragelli 86 bairro Amambaí. 19:30 – 21:30

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

TEKOHA no VIII Seminário Povos Indígenas e Sustentabilidade


O espetáculo de teatro de rua Tekoha - Ritual de vida e morte do Deus Pequeno será apresentado no VIII Seminário Povos Indígenas e Sustentabilidade: Produção de Conhecimento e Interculturalidade, que acontecerá na Universidade Católica Dom Bosco, às 19 horas no bloco - A.

O VIII Seminário conta com os seguintes apoiadores:
Centro Estadual de Formação de Professores Indígenas de Mato Grosso do Sul - CEFPI;
Programa de Pós-Graduação Mestrado em Desenvolvimento Local - UCDB;
Universidade Federal da Grande Dourados - FAIND;
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul;
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

E realização do:
Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado e Doutorado - PPGE/ UCDB;
Núcleo de Estudos e Pesquisas das populações Indígenas - NEPPI/ UCDB;
E da Rede de Saberes - UFMS/ UCDB/ UEMS/ UFGD

TEKOHA 
Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno
O espetáculo narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, Tekoha, tem um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha faz da rua a representação tão sagrado aos guaranis.

Direção: Fernando Cruz
Dramaturgia: Fernando Cruz e atuadores
Atuadores: Fran Corona, Moreno Mourão, Paulo Augusto, Fernando Cruz e Ariela Barreto
Pesquisa: Patrícia Rodrigues
Alegoria: Lício Castro
Cenografia: Zéduardo Calegari Paulino
Figurino: Ramona Rodrigues
Preparação corpo em cena: Breno Moroni
Produtora e contra - regra: Ana Capilé
Foto: Danilo Vieira - FIT Rio Preto 2017
Designer gráfico: Maira Espíndola 
Assessoria de Imprensa: Carol Alencar Cozzati
Duração 50 min. /Classificação livre

terça-feira, 20 de agosto de 2019

13 ANOS DE MARACANGALHA

Entonces gente, são 13 anos pelas ruas a Céu Aberto, e com Direito a Cidade, compartilhamos o que temos de melhor: Arte, Luta e Festa! Acompanhe a programação que começa dia 11 de Agosto e segue até dia 31 de agosto. Tem Cortejo de São Genésio, Teatro de Rua, Intervenção, Performance, Seminário, Rendevu (babadoforte) Festa!
Tudo em nome da Alegria!
Vivas São Genésio!
EvoÉ Baco, Nossa Senhora da Diversão, Curumins, Erês, Laroyeee!



RENDEVU 13 ENCRUZILHADAS DE MARACANGALHA – Celebração Diversão Festa Ferveção Junção Fuleraji Balbúrdia Conexões Catarse bejacubejacubejacu No BAR BOLA SETE – Bairro Amambaí – a partir das 15:00 Domingão véspera de aniver de CG. Ahhhhhh CINCO PILAS para Fortalecer a manutenção do nosso espaço e Circulação pela cidade afora . Apoie esse Rolê, não é transgênico.
13 encruzilhadas, caminhos que se encontram e desordenam causando transformações. E na crença da ajuda mútua celebramos o cuidado daqueles que nos são queridos, daqueles que nos são estranhos e da grande maioria que luta nesta sociedade capitalistafascista. E temos que olhar para fora, 360 graus. Para os que são diferentes de nós e nóix tudo misturado, farofado, com pimenta vermelha: Lutar e se Divertir! Diversão é Divino! Brindemos com a nossa Laia. Salve Nossa Senhora da Diversão!
EVOÉ Maracangalha!
EvoÉ Teatro de Rua!
Laroyeeeeee!

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Carta ao Excelentíssimo Sr. Presidente da República - RBTR



Brasil, 27 de junho de 2019.

Dia Nacional da Tomada do Brasil Pelas Artes Públicas

em memória a Luana Barbosa, assassinada pela polícia militar.



Carta ao Excelentíssimo Sr. Presidente da República,

A RBTR - Rede Brasileira de Teatro de Rua, agregadora de artistas, ativistas e coletivos nesta esfera do teatro brasileiro, bem como pesquisadoras(es) das artes cênicas, educadoras(es) populares e professoras(es) de escolas e universidades públicas, além de profissionais dos mais diversos campos da Cultura, nos 26 estados do Brasil e Distrito Federal, vem, por meio desta, parabenizar o Excelentíssimo Presidente da República, Sr. Jair Messias Bolsonaro, pela escolha do Sr. Roberto Alvim para a condução do Centro de Artes Cênicas da FUNARTE. Ninguém, na ampla área cultural deste país, teria maior capacidade de se integrar a um governo desta natureza, somando-se a um quadro tão distinto de "profissionais" do atual governo federal, nomeados por Vossa Excelência.

O Teatro é uma arte difícil, de elaboração complexa e plural, poética. Teatro este, que não nasceu na Grécia, mas nas ruas e nos ritos visceralmente populares, nos corpos de uma gente que sempre foi morta pelos "vencedores" que contam a história oficial: a classe dominante. Sabemos da importância de nossa poética e prática e das formas plurais e complexas, por meio das quais ela se manifesta, em sua capacidade de dialogar com a população que ainda caminha nas ruas insalubres desse Brasil, em especial nas periferias.

Nenhuma(um) artista desta Rede aceitaria fazer parte de um governo fascista, misógino, homofóbico e militarizado, que em tão pouco tempo, levou às alturas os índices de violência, feminicídio, fome e desemprego, sem apresentar à sociedade brasileira como um todo (e não apenas ao seu próprio contingente eleitoral) alguma proposta efetiva, que não esteja embuída de mais cortes nos investimentos sociais e de privatizações ao gosto do Grande Capital, especialmente do setor financeiro, de parcela considerável das igrejas evangélicas e do agronegócio.

Um governo que se declara inimigo da Educação não poderia ter alguém mais adequado do que o Sr. Alvim, fruto de uma geração teatral de grupo da cidade de São Paulo, a mesma que, agora, ele próprio condena, tendo convertido-se de maneira fanática à fé católica, em sua vertente mais reacionária, o que paradoxalmente dista-se até mesmo do que prega o atual Sumo Pontífice. Alvim perverte a história do Teatro com o discurso ideológico alinhado à lógica ilógica do projeto Escola sem Partido. O Sr Alvim, baseado em crenças individuais, visões milagrosas e passagens bíblicas mal interpretadas, além de repetidos plágios, divide a arte em dois lados e os coloca em uma "guerra", na qual, segundo ele, apenas o time "da esquerda" é ideológico e mal elaborado. Ao outro lado, o "conservador", para o qual ele conclama seguidores, cabe, a seu ver, a "verdadeira poesia" e a neutralidade.

A Rede Brasileira de Teatro de Rua, por sua vez, é uma realidade consolidada e conectada em todo o território nacional. Em suas ações, ela vem, há muito tempo, realizando inúmeras publicações, festivais, espetáculos e encontros municipais, estaduais e nacionais, agregando atualmente mais de 500 grupos teatrais e milhares de artistas em atividade. Somos a história viva de uma cultura que EXISTE E RESISTE, com ou sem o apoio do poder público; que lutou e conquistou leis, programas e editais públicos, com comissões democraticamente eleitas pela sociedade civil, para uma equilibrada divisão das verbas e investimentos públicos na Cultura, que considere sempre a diversidade e a liberdade na produção multidiversificada desse país tão distinto.

Nota-se, portanto, que estamos na contramão das expectativas do Sr. Alvim, o qual, logo em sua primeira ação, já busca impor à realidade apenas um tipo de arte como merecedora de investimentos. Isto tem nome antigo, Sr Presidente da República: "política de balcão". Ou, simplesmente: CORRUPÇÃO. Não nos resta a menor sombra de dúvida de que sua escolha significa um enorme retrocesso no setor das políticas públicas, tão arduamente conquistadas em conferências, encontros e debates nacionais. Não compactuamos com esse governo que é, SIM, ideológico e tem, SIM, um projeto de desmonte e de doutrinação cultural planejado, agora, aparelhado em instituições que eram para ser públicas e democráticas e que passam a se tornar máquina de propaganda aberta e declarada do próprio governo.

Na História, os grandes equívocos não se repetem duas vezes da mesma forma, Sr Presidente da República, a não ser da seguinte maneira: na primeira, como tragédia; na segunda, farsa. E nada nos parece mais farsesco do que essa ascensão patética do Sr. Alvim ao referido cargo na Fundação Nacional das Artes, completando, assim, o seu quadro ilustre dos ditos “representantes de Deus”, ainda cheios de dólares nas cuecas e clamando por justiça com armas nas mãos.

Estamos na platéia, não sentados pacificamente, mas como bons espectadores, com tomates à postos e merda nos sapatos, atentos ao desenrolar dessa história triste, resultado de sucessivos golpes, que nos impedem de calar. O tempo há de provar as injustiças e as máscaras já começaram a cair. E não são poucas.

O Sr. Presidente da República tem, sabemos, o direito de escolher seus colaboradores, mas saiba: o Sr Roberto Alvim jamais terá a legitimidade selada pelos seus pares da categoria cultural. Essa divisão medíocre e simplória que, em seu primeiro ato este colega elabora, com flagrante ignorância, tenda reduzir a apenas dois lados um front cultural de enorme Pluralidade, Liberdade de Expressão Artística e Diversidade Cultural que temos produzido nos últimos anos, mesmo sem os investimentos necessários e políticas adequadas.

Considerando isto tudo, folgamos em saber que o colega Alvim sabe de que lado está, pois nós também sabemos (e muito bem!) o nosso lugar no carro alegre da História. E é somente porque o nosso teatro representa um perigo, ao despertar corpos e mentes para as tamanhas contradições que tem ocorrido, que este governo rapidamente se propõe a eliminá-lo. Proibindo a arte nos meios públicos de trânsito de trabalhadores, como já fez no Rio de Janeiro, ou elevando a cargos públicos da cultura, profissionais que agem em nome de único deus, num Estado que deveria, pela constituição, ser laico. Mas, Sr. Presidente da República, lembre-se que “a História será implacável com os que hoje se julgam vencedores”. Traidores não passarão.

Desde que este país foi invadido e que a matança de nossos povos originários teve início, nós resistimos. Os couros de nossos tambores se esticam no que resta de sol e seguimos fazendo barulho. Nosso teatro não é produzido em gabinetes ou palanques, mas nas ruas, nas vielas e favelas, florestas e assentamentos, quilombos e aldeias que, independente do governo em questão, permanecem vivas, por sua luta e história. Quanto mais nos encurralam, mais nós ficamos perto, juntos, em festa, estandartes de pé e olhos vivos, acendendo fogueiras e ensaiando novas peças, com ou sem o apoio de Vossa Senhoria.

Quando matam Marielle, multiplicam seu grito por todo planeta. Quando assassinam a Lua, nascem estrelas em cada pedaço de ceú. Não se enganem, apontando suas armas aos nossos coletivos e trabalhos. A força ancestral de todos os deuses e deusas desse teatro que pulsa, jamais se dobrará aos seus decretos. Esperamos, juntas(os), editais, comissões, prêmios e programas que sejam de fato PÚBLICOS e abrangendo tudo que nossa cultura já conquistou com muita luta.

“Se não nos deixam sonhar, não deixaremos vocês dormirem em paz”.