Campo
Grande, 24 de setembro de 2014
A Fundação
de Cultura do MS
Relatório de
atividades realizadas com dinheiro público
O Teatro Imaginário Maracangalha relata as duas ações públicas
realizadas com apoio/investimento dessa Instituição pública.
1. Sarobá coisa do
preto
Nos dias 12 e 13 de junho de 2015 realizamos o “Sarobá coisa
de preto” na praça do Preto velho na Vila progresso em Campo Grande.
O Sarobá é uma ação gratuita de artes integradas (seminário, música,
dança, teatro, artes visuais, áudio visual, cultura da infância, literatura
,escambo, gastronomia) realizada de forma independente e horizontal, reunindo amigos,
artesãos e artistas voluntários com público estimado em 3000 (três mil) pessoas.
Vários comparsas contribuem em espécie, a soma desses
esforços faz o Sarobá acontecer, sendo que nenhum colaborador é privilegiado ou
está acima dos demais, é colaboração horizontal e todos têm sua logo e nomes
amplamente divulgados em toda mídia, material impresso e durante a ação
comunicando ao público quem constrói coletivamente o Sarobá.
Na realização do Sarobá a população é a maior beneficiada,
pois toda a programação é gratuita, dessa forma passa a ter acesso à produção
cultural de Campo Grande que é carente de políticas públicas efetivas para arte
e cultura.
Como uma das partes da colaboração contamos nessa edição com
FCMS na estrutura de iluminação e sonorização de qualidade, o que valorizou
muito a ação e cumpriu um dos papéis dessa instituição.
2. 16º Encontro da RBTR
- Rede brasileira de Teatro de Rua- Sorocaba -SP
Nos dias 13-17 de maio o Teatro Imaginário Maracangalha
participou do 16 º Encontro da RBTR em Sorocaba SP.
O encontro contou com a participação de aproximadamente 200
(duzentos) artistas de teatro de rua representando 17 estados de todas as
regiões do Brasil.
Durante o encontro realizamos debates sobre políticas
públicas para o teatro brasileiro, ações formativas e intercâmbio entre quatro
Grupos de Trabalho (política, 11comunicação e colaboração artísticas) além de
um cortejo público apresentações de espetáculos, construção de uma carta documento
e esboço da revista RBTR e um vídeo-manifesto pela desmilitarização do estado
brasileiro e a impunidade, em memória da atriz Lua Barbosa assassinada pela
polícia militar paulista.
O encontro teve como convidado o ativista cultural Célio
Turino fazendo uma análise de conjuntura das políticas públicas para arte e
cultura no Brasil.
Na análise o convidado destaca pontos que se encontram em
sintonia com a Carta da RBTR onde destacamos o retrocesso e desmonte do Sistema
Nacional de Cultura por parte do Governo Federal, estados e municípios da união
que transformam as ações públicas de arte e cultura em discurso eleitoreiro e
troca de favores desconstruindo a importância e dimensão de Coletivos, Redes, Sociedade
civil, Pontos de Cultura nas transformações da sociedade brasileira.
A RBTR realiza dois encontros por ano de forma independente, os
grupos integrantes articulam-se e produzem a programação, hospedagem, alimentação
e transporte através de um chapéu virtual e a colaboração de parceiros e grupos
de teatro.
O apoio /investimento por parte da FCMS foi financeiro em
forma de 01 (um) cachê no valor de R$ 4000,00 que complementou as despesas de
viajem (transporte, alimentação e hospedagem) tendo como contrapartida uma
apresentação teatral pública de espetáculo do repertório do grupo que ainda se
encontra aberta.
O cachê solicitado apoiaria a participação de representantes
de quatro grupos locais que devido a agenda dos grupos não puderam participar
do encontro.
O Teatro Imaginário Maracangalha participou com 07 (sete) integrantes
e trouxe para os grupos locais a devolutiva e importância de articular-se em
redes que atuam no país resistindo e sobrevivendo como trabalhadores da
cultura.
Reconhecemos na relação institucional a importância da
colaboração da FCMS não como ajuda e sim como exercício do papel do poder
público em promover o acesso e estímulo a formação, produção cultural e circulação.
Que através do diálogo
e ações efetivas de política públicas para a arte e cultura ,acreditamos que o poder público
somos nós, cidadãos trabalhadores beneficiando-nos mutuamente e apostando sempre na construção de um mundo
melhor.
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