TEKOHA
Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno
O espetáculo narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, Tekoha, tem um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha faz da rua a representação tão sagrado aos guaranis.
CABEÇA DE PAPELÃO
"Cabeças e
relógios querem-se conforme o clima e a moral de cada terra" - João do Rio
(1881-1921)
A intervenção performativa inspirada no conto
O homem da cabeça de papelão de
João do Rio expressa em forma crítica uma sociedade dominada pela alienação
social, econômica e intelectual. Interferindo no cotidiano das cidades
silenciosamente, as imagens dos atores em suas cabeças de
papelão provocam indagações sobre a coisificação do ser
humano nos dias de hoje criando uma metáfora do dia a dia.
OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO
Operário em Construção trata de um operário que entra em processo de conscientização individual e resiste à exploração através da palavra “não”. É um dos poemas de lírica comprometida com o cotidiano e seus conflitos sociais. Intervenção de rua que performa e interage no dia a dia das cidades a qualquer hora em qualquer lugar tendo com referência a poesia de Vinícius de Moraes.
FERRO EM BRASA
A
intervenção de rua em teatro épico aborda
o impacto da invasão das terras
indígenas de 1500 até hoje no Brasil e na América com a chegada das primeira
naus e os primeiros contatos com os povos originários . É construída a partir das cartas de Bartolomé de Las Casas (1507),Pero Vaz de
Caminha (1500), poemas de Oswald de Andrade
e notícias recorrentes em jornais
atuais.
AREÔTORARE
O verbo negro e bororo do índio profeta
A ação cênica/performativa Areôtorare vem sendo
pesquisada na rua a seis anos pelo Teatro Imaginário Maracangalha. Na
trajetória de pesquisa do movimento e das ações da poesia vários formatos foram
experimentados: leituras públicas em forma de manifestos (agitprop), ações
físicas dos personagens e situações dos poemas, do autor, cortejos, desfragmentação
da palavra, fragmentação do texto, escritas nos figurinos e nos corpos, sempre
na busca das várias representações possíveis a partir da palavra, da poesia, da
obra do autor sem perder de vista seu contexto histórico (modernismo no Mato
grosso/Brasil) e o contexto em que vivemos, procurando paralelos e semelhanças com
a contemporaneidade. As intervenções já contaram com a participação de quinze
atores e músicos, hoje o trabalho se apresenta com sete atores/músicos que
surpreendem o público a cada apresentação já que a ação pode ocorrer em
qualquer espaço ,público (praça, feiras, ruas, calçadões, terminais de ônibus),
dialogando com o fluxo de cada rua ou cidade. A ação cênica/performativa em
cena e poesia é itinerante e interativa percorrendo ruas convocando o público a
viajar pela ação das palavras que saem do papel e ganham vida, dando
visibilidade ao conteúdo invisível das palavras, sendo a cada apresentação uma
vivência única. As músicas em cena são autorais e baseadas no universo do autor.
As apresentações tem percorridos festivais e feiras literárias revelando ao
público a literatura modernista do Brasil central, desvelando através da
palavra em ação o manifesto modernista do antigo Mato Grosso (Manifesto a minha
gente -Corumbá, Mato Grosso 1935) e a obra deste importante autor, Lobivar
Matos, "O Poeta Desconhecido", e que hoje é reconhecido no cânone da
literatura e patrimônio cultural brasileiro e tem muito a dizer e a refletir
com poesia os tempos em que vivemos.
CONTO da CANTUÁRIA
da obra Contos de Canterbury
de Geoffrey Chaucer (1340)
“...Eu vou pra Maracangalha eu vou...” cantando assim pelas ruas e cortejando a cidade, o Teatro Imaginário Maracangalha inicia o espetáculo de rua Conto da Cantuária.
O “Conto da Cantuária” em um longo processo de pesquisa, tornou-se elemento de pesquisa do grupo, conquistando público, prêmios, vários anos de circulação e uma pesquisa científica.
A peça teatral “Conto da Cantuária” é uma adaptação da obra Contos de Canterbury escrita pelo autor inglês Geoffrey Chaucer no período de 1384 - 1400, em plena inquisição na idade média.
O texto crítico e humorado é constituído de 29 contos e o grupo optou pela montagem do “Conto do vendedor de indulgências”, que retrata de forma farsesca e ácida o comércio das religiões e as corrupções em nome de deus, do dinheiro e da ambição, traçando um paralelo com os dias atuais.
O espetáculo estreou em 2009. Na montagem atual o elenco é composto pelos atuadores Renderson Valentim, Fran Corona, Moreno Mourão e Fernando Cruz que atua e assina a direção da peça.
No espetáculo, o Teatro imaginário Maracangalha mantém seu processo de pesquisa continuado e afirma a identidade do grupo que opta pelo teatro de rua, debatendo temas, ideias, formas e meios estéticos que vão de encontro a realidade dos trabalhadores, transeuntes das ruas dos centros e periferias da cidade, fazendo arte pública, sem fronteiras.
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