sexta-feira, 29 de novembro de 2013

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

30 ANOS DE IMPUNIDADE


Dia 25 de novembro fará 30 anos que o líder indígena Marçal de Souza - Tupã-I Deus Pequeno - foi assassinado! E nada mudou, hoje os fazendeiros fazem leilão de gado para contratar milicia para  agir contra as ocupações indígenas.

O Teatro Imaginário Maracangalha apresenta o espetáculo Tekoha - ritual de vida e morte do Deus Pequeno e a intervenção Ferro em Brasa para mostrar que a voz de Tupã-I não foi calada e que a impunidade é mais dolorosa que a morte.

sábado, 19 de outubro de 2013

4ª TEMPORADA DO CHAPÉU


PROGRAMAÇÃO

DIA 24/10
ÀS 09h NA PRAÇA ARI COELHO
Oficina "Pegada dos Andarilhos" com o grupo TIBANARÉ (Cuiabá/MT)
A oficina objetiva criar um ambiente de experimentação e exercícios cênicos, focado na presença e ação do ator criador na rua através de treinamentos físicos e vocais. Nela, os participantes se relacionarão através do jogo cênico, partindo do canto, dança e ação poética, manifestando um fluxo de vida, permeada pela técnica e organicidade, a procura do brincante pessoal.

ÀS 12H30 NA PRAÇA ARI COELHO
CORTEJO DE ABERTURA COM TEATRO IMAGINÁRIO MARACANGALHA


Andarilhos das Estrelas - Lívia Mel (3)ÀS 17H NA PRAÇA ARI COELHO
Intervenção - “Andarilhos das Estrelas” do grupo Tibanaré (Cuiabá/MT)
O grupo Tibanaré apresenta a intervenção teatral urbana estruturada em forma de cortejo cênico musical, “Andarilhos das Estrelas”. Nela, o grupo de atores e plateia entrelaça uma relação brincante, para juntos desarmar a urbanidade com poesia, representação de danças típicas de mato grosso, contações de histórias e cantigas e cantos de roda. A ação cênica móvel proposta é voltada especialmente para espaços não convencionais, de modo que possa surpreender o público em qualquer hora e qualquer lugar.
IMG_4230 (1024x683)ÀS 20H NA ORLA MORENA
Espetáculo “Saltimbembes Mambembancos” do Grupo Rosa dos Ventos (Presidente Prudente/SP)
Saltimbembe é um espetáculo brincante, com interpretação livre de artistas cômicos populares e verborrágicos, improvisadores por opção, influenciados pelo teatro, circo, palhaço de circos pequenos e principalmente pelos artistas de rua, puladores de arco da faca, vendedores de pomadas milagrosas, telepatas e repentistas que viajam de cidade em cidade vivendo de sua arte.
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DIA 25/10
ÀS 11H NO PAÇO MUNICIPAL
Performance - “Esperar” do Grupo Coli$ão (Campo Grande/MS)
es·pe·rar -
verbo intransitivo
1. Estar à espera; ficar esperando.
verbo transitivo
2. Ter esperança ou esperanças.
3. Contar com.
4. Aguardar.
5. Armar emboscada ou espera a.
6. .Conjecturar, supor.
7. [Brasil] Aparar um golpe; pôr-se em guarda.
0425 - João Pé-de-chinelo - Grupo Manjericão - Foto de Junio Santos
ÁS 19H NA FEIRA Mª Apª PEDROSSIAN
Espetáculo “João Pé-de-Chinelo” do Grupo Teatral

Manjericão (Porto Alegre/RS)
O espetáculo mostra o universo de João Pé-de-Chinelo, um papeleiro que vive nas ruas, praças e parques com o seu carrinho catando papelão e outros matérias recicláveis, na busca de sobrevivência e sustento da família. João é mais trabalhador fruto do êxodo rural que procura reagir com dignidade diante da mazelas dos grandes centros urbanos. O personagem apresenta sua casa e família ao público, narra histórias e aventuras vividas e sonha com dias melhores.

Juninho&NicoleDIA 26/10
ÀS 12H NO CALÇADÃO DA BARÃO
Espetáculo “Qualquer Canto por um Conto” do Circo Le Chapeau (Rio de Janeiro/RJ)
Dois artistas de um grande circo decidem parar com a vida dos espetáculos, porém após alguns dias percebem que estavam errados e decidem voltar ao circo, mas o circo já foi embora… e como artistas não desistem e tentam abrir o próprio circo, mas percebem que faltam algumas coisas e alguns artistas, mas mesmo assim vão em frente pois precisam de dinheiro! Será que eles vão conseguir fazer esse espetáculo? Não perca essa oportunidade e compareça para descobrir, as vezes você pode ser até o escolhido para fazer parte desse espetáculo!
foto única - 300dpiÀS 17H NA PRAÇA DO PAPA
Aborto-Medida Performativa #2 do PROJETO QUAL O REAL DA POESIA (AQUIDAUANA/MS)

 ABORTO pretende ser a segunda medida performativa do projeto “Qual o real da poesia?” contemplado pelo Prêmio Rubens Corrêa de Teatro – 2013 da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul. Pretendemos com essa ação performativa discutir publicamente as relações entre violência contra mulher, política e economia através de uma pesquisa corporal que transitará entre as noções de SAGRADO e PROFANO e a contaminação de um pelo outro buscando traçar reflexo(e)s desse duplo na vida cotidiana.
DSC_0632 (640x428)DIA 27/10
ÀS 11H NA FEIRA DAS MORENINHAS
Espetáculo “A Princesa Engasgada” do Teatral Grupo de Risco (Campo Grande/MS)
Uma história irônica de uma princesa que se engasga com uma espinha de peixe e o rei determina que seja encontrado um médico para curar sua filha. Uma camponesa cansada apanhar do marido, resolve se vingar e diz ao fidalgo que ele é médico, mas só trata seus pacientes quando apanha. O camponês, sem direito de recusa, é levado ao rei e assim começa seu castigo. Com suas peripécias consegue ganhar a simpatia do rei.
Ferro em BrasaÀS 15H NO CENTRO COMUNITÁRIO INDUBRASIL
Intervenção “Ferro em Brasa” do Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande/MS)
Ferro em Brasa tem aborda a questão do extermínio indígena desde o período do descobrimento do Brasil até os dias atuais, a partir da Carta de Pero Vaz de Caminha, de escritos do Frei Bartolomé de las Casas, poemas de Oswald de Andrade e noticias de violências contra os povos indígenas.
IMG_6450ÀS 19H NA PRAÇA DO PEIXE
Intervenção “O Cortejo do Divino Senhor – Sinhozinho” do Abequar (Campo Grande/MS)
Trabalho teatral idealizado como cortejo baseado nas procissões religiosas do catolicismo popular e traz como um dos seus personagens a enigmática figura do Sinhozinho, um místico que fez sua passagem na década de 1940 pelo município de Bonito/MS.
Foto: Alonso Pafyeze
AreôtorareDIA 28/10
ÀS 10H NO HORTO FLORESTAL
Espetáculo “Areôtorare” do Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande/MS)
O espetáculo de rua revisita as obras “Areôtorare” (1935) e “Sarobá” (1936) do escritor modernista Lobivar Matos, nascido em Corumbá (MS), aborda as relações humanas e sociais do seu tempo. Desta forma, questões como desigualdade, preconceito e desenvolvimento econômico são desveladas sob a ótica dos trabalhadores, índios e negros que até hoje “refletem os anseios, as revoltas, as durezas amargas da época e do meio em que vivem” (MATOS, L.).
ÀS 19H30 NA PRAÇA AQUIDAUANA
Intervenção “O Ônibus” do Grupo Foco Sem Norma (Corumbá/MS)
Um ônibus coletivo é assaltado e decorrer deste assalto um imprevisto esta para acontecer. Em Abril de 2013 a diretora de teatro Bianca Machado recebeu um convite da APAE de Corumbá, para preparar um esquete no festival regional de Talentos da APAE. A paixão foi imediata, talento, disposição, diversão e empenho fez com que o esquete” O onibus ” arrancasse risada de mais de 700 pessoas, despertando no grupo o desejo de ir mais longe.
ÀS 20H NA PRAÇA AQUIDAUANA
Performance - Artaud do Grupo Uruato (Campo Grande/MS)
IMG_4403DIA 29/10
ÀS 11H30 NO CALÇADÃO DA BARÃO
Intervenção “Intervenção Urbana In Transito” do Grupo Flor e Espinho (Campo Grande/MS)
Um personagem na rua livre para agir a partir de estímulos que a rua proporcionar. Intervenção que busca um olhar reflexivo sobre as problemáticas que a cidade apresentam aos seus cidadãos.
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ÀS 17H30 NO CEMITÉRIO STO ANTÔNIO
Espetáculo “Contos Para Flores Roxas e Murchas” da Trupe Arte e Vida (Naviraí/MS)
Nesse espetáculo a trupe trata de tema muito “velado” por todos: a MORTE. o assunto surgiu constantemente nas diversas pesquisas que realizamos durante os 6 meses deste projeto: tanto na análise de fatos históricos recentes de nossa região quanto nos relatos orais colhidos através de entrevistas com moradores da cidade, formando assim uma trama dramatúrgica tecida coletivamente a partir de diversas vozes.
TekohaÀS 20H NA ESCOLA ESTADUAL HÉRCULES MAYMONE
Espetáculo “Tekoha - Ritual de vida e morte do Deus Pequeno” do Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande/MS)
O espetáculo narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, Tekoha, tem um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha faz da rua a representação tão sagrado aos guaranis.
Operário
DIA 30/10
ÀS 11H30 NO PAÇO MUNICIPAL
Intervenção “Operário em Construção” do Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande/MS)
Intervenção baseada no poema de Vinicius de Moraes: O Operário em Construção
Coletivo
ÀS 18H (ABERTURA PARA O SEMINÁRIO) NA PRAÇA SEU LUZIANO (SÃO FRANCISCO)
Espetáculo “Circo Micróbio” do Coletivo M’Boitatá (Dourados/MS)
O pequeno circo, andarilho, que insiste em sobreviver aos novos tempos, à tecnologia, as guerras. Inspirado no movimento hippie alimenta-se de músicas dos anos 70 para apresentar números e personagens tradicionais circenses, acrobacias, malabarismos, o palhaço, o domador, a cigana advinha, o homem forte, a bailarina…
SEMINÁRIO - TEATRO DE RUA EM MOVIMENTOS
Fernando Cruz: Ator, diretor, dramaturgo, contador de história. Articulador da Rede Brasileira de Teatro de Rua/MS.

Marcio Silveira: Dramaturgo, diretor, ator e professor. Mestre em Artes Cênicas PPGAC/UFRGS. representante da Sociedade civil no Colegiado Setorial de Teatro no CNPC, e articulador da RBTR - Rede Brasileira de Teatro de Rua/RS.

Natália Siufi: Atriz, diretora, dramaturga. Licenciatura em Artes Cênicas na UNESP , Integrante do Movimento de Teatro de Rua de São Paulo,  do Movimento de Trabalhadores da Cultura, e articuladora da RBTR - Rede Brasileira de Teatro de Rua/SP.

Mediador/ Prof. Dr. Paulo Paes; Coordenador do curso de Artes Visuais da UFMS/  Teatro Popular e Performance/MS.


DIA 31/10
ÀS 11H30 NO PAÇO MUNICIPAL
Intervenção “SIntervenção- Atenda” do Grupo Salin Haqzan (Corumbá/MS)
O Palhaço no Meio da Rua - foto Laila Pulchério (2)


ÀS 18H (ABERTURA PARA O SEMINÁRIO) NA PRAÇA SEU LUZIANO (SÃO FRANCISCO)

Espetáculo “O Palhaço no 1/2 da rua” do Grupo Circo do Mato (Campo Grande/MS)
O Palhaço no ½ da Rua é um espetáculo de circo-teatro de rua. Através da chegada de uma charanga (banda circense) os palhaços invadem o espaço com pequenos números de baile e mescla de quadros, esquetes e números circenses. Um resgate da manifestação circense genuinamente brasileira. Foto: Laila Pulchério
SEMINÁRIO - TEATRO DE RUA E A ACADEMIA

Licko Turle: Pesquisador, Professor, Ator e Diretor Teatral, Letras (UERJ), possui os títulos de Mestre e Doutor e Pós-doutorando em teatro , grupo de teatro Tá na Rua e articulador da RBTR - Rede Brasileira de Teatro de Rua/RJ.

Roberta Ninin: Atriz e diretora teatral, professora do curso de Artes Cênicas da UFGD,  Mestra em Artes Cênicas UNESP.

Toni Edson: Dramaturgo, diretor, compositor e ator, É licenciado em Artes Cênicas,mestre em Literatura Brasileira, professor universitário de Prática Teatral (UDESC). pósgraduando, nível doutorado no PPGAC da UFBA.

Mediadora/ Caren Louro; Atriz, palhaça, produtora cultural e pesquisadora na área de Teatro,  Mestre em Estudos Literários pela UFMS.

foto Varre Dor por I Festival Despertar Multiartístico
DIA 01/11

ÀS 12H NO CAMELÓDROMO

Espetáculo “Varre Dor de Vadiagem” do Grupo Clara Trupi de Ovos y Assovios (Mogi das Cruzes/SP)
Um varredor de rua vive seu ofício num contato íntimo, grotesco, lírico, com seus espectadores-personagens, que aqui vivenciaram e participaram com significância de todo uma reinventada passagem de vida desse brincante varredor.

AreôtorareÀS 18H (ABERTURA PARA O SEMINÁRIO) NA PRAÇA SEU LUZIANO (SÃO FRANCISCO)
Espetáculo “Areôtorare” do Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande/MS)
O espetáculo de rua revisita as obras “Areôtorare” (1935) e “Sarobá” (1936) do escritor modernista Lobivar Matos, nascido em Corumbá (MS), aborda as relações humanas e sociais do seu tempo. Desta forma, questões como desigualdade, preconceito e desenvolvimento econômico são desveladas sob a ótica dos trabalhadores, índios e negros que até hoje “refletem os anseios, as revoltas, as durezas amargas da época e do meio em que vivem” (MATOS, L.).

SEMINÁRIO - ARTE PÚBLICA

Amir Haddad: Ator, Diretor do grupo Tá na Rua,um dos principais pesquisadores de Teatro de Rua no Brasil, e articulador da Rede Brasileira de Teatro de Rua/RJ.

Mediador/ Leandro Mendonça Barbosa:  Doutorando em história pela universidade de Lisboa em Portugal, Conselheiro Titular do Conselho Municipal de Cultura/MS. 

CORTEJO E FESTA NA CASA VAI OU RACHA
com
Pepa Quadrini e
Irmãs Vai ou Racha

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Espetáculos e Intervenções selecionadas para a 4ª Temporada do Chapéu

GRUPO/ARTISTA ESPETÁCULO CIDADE
Arte e Vida "Contos Para Flores Roxas e Murchas"  Naviraí - MS
Circo do Mato "O Palhaço no 1/2 da Rua" Campo Grande - MS
Clara Trupi de Ovos e Assovios "Varre Dor de Vadiagem" Mogi das Cruzes - SP
Grupo Manjericão "João Pé-de-Chinelo" Porto Alegre - RS
Le Chapeau "Le Chapeau - Em qualquer canto por um conto" Rio de Janeiro - RJ
M'Boitatá "Circo Micróbio" Dourados - MS
Rosa dos Ventos "Saltimbembes Mambembando" Presidente Prudente - SP
Teatral Grupo de Risco "A Princesa Engasgada" Campo Grande - MS
GRUPO/ARTISTA INTERVENÇÃO/PERFORMANCE CIDADE
Abequar "O Cortejo do Divino Senhor" Campo Grande - MS
Coli$ão "A Espera" Campo Grande - MS
Flor e Espinho "Intervenção Urbana In Transito" Campo Grande - MS
Ligia Marina "ABORTO- Medida Performativa #2 Aquidauana - MS
Salim Haqzam "SIntervenção- Atenda" Corumbá - MS

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

NOTA INFORMATIVA

 Devido à greve dos CORREIOS a publicação dos espetáculos selecionados para 4ª Temporada do Chapéu que aconteceria dia 06 de outubro de 2013, foi adiada para dia 11 de outubro de 2013.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sarobá - Flores no Asfalto

SAROBÁ - FLORES NO ASFALTO


Sarobá - Flores no Asfalto por Prof. Washington.

CARTA REDE BRASILEIRA DE TEATRO DE RUA - ACRE/RIO BRANCO 2013

CARTA DO RAMAL HISTÓRIA ENCANTADA - ACRE/RIO BRANCO

"Nós, povos indígenas, fomos os primeiros, e agora somos derradeiros ao ser ouvidos pelos governantes do Brasil no que diz respeito às leis e às declarações universais dos povos indígenas e à própria Constituição Federal, que garante os costumes, rituais e demarcações da terra indígena." (BAINAWÁ, articulador, da comunidade Huni-Kuin)

A Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR), criada em março de 2007 em Salvador/BA, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os grupos de teatro,  trabalhadores(as) da arte, pesquisadores(as) e pensadores(as) envolvidos  com o fazer artístico de rua, pertencentes à RBTR, podem e devem  ser seus articuladores(as) para, assim, ampliar e capilarizar,  cada vez mais, reflexões e pensamentos, com encontros, movimentos e ações em suas localidades.
O intercâmbio da RBTR ocorre de forma presencial e virtual, entretanto toda e qualquer deliberação é definida por consenso nos encontros presenciais. Os seus articuladores realizam  dois encontros anuais em diferentes regiões brasileiras, contemplando as várias regiões do país. Articuladores e coletivos regionais de todos os estados deverão  organizar-se para garantir a sua participação nos encontros,  e dar continuidade as ações iniciadas nos Grupos de Trabalho (GTs), a saber: 1) Política e Ações estratégicas; 2) Pesquisa;  3) Colaboração artística; 4) Comunicação.
A RBTR reunida de 27 à 31 de agosto de 2013, no Ramal História Encantada, na cidade de Rio Branco/Acre, no XIII Encontro, reafirma sua missão de:

·         Lutar por um mundo socialmente justo e igualitário que respeite as diversidades;
·         Contribuir para o desenvolvimento das artes públicas, possibilitando trocas de experiências artísticas e políticas entre os articuladores da RBTR
·         Lutar por políticas públicas para as artes públicas com investimento direto do estado, por meio de fundos públicos de cultura, estabelecidos em leis e com dotação orçamentária própria através de chamamentos públicos, prêmios e processos transparentes com comissões paritárias eleitas por sociedade civil, garantindo assim o direito à produção e o acesso aos bens culturais para todos os brasileiros;
·         Lutar pelo livre uso e acesso aos espaços públicos garantindo a pratica artística e respeitando as especificidades dos diversos segmentos das artes públicas, em acordo com o artigo V da constituição brasileira que no nono inciso diz "é livre a expressão da atividade intelectual artística, científica e de comunicação independentemente de censura ou licença.

Os articuladores(as) da RBTR, com o objetivo de exigir políticas para as artes públicasdefendem:
·         A criação de leis de fomento para o teatro de rua que assegurem produção, circulação, formação, trabalho continuado, registro e memória, manutenção de grupos, pesquisa, intercâmbio,  vivência, mostras e encontros de teatro; levando-se em consideração as especificidades de cada região;
·         Aprovação imediata da lei federal 1096-2011 que regulamenta as manifestações culturais de rua em tramitação no congresso nacional, bem como a extinção de todas e quaisquer repressões, cobranças de taxas e excessivas burocracias para as apresentações dos trabalhadores da arte de rua pelo país;
·         A criação de um projeto de lei para a ocupação de prédios, terrenos e outros  imóveis públicos ociosos transformando-os em sedes de grupos artísticos ou espaços culturais e comunitários que atendam a função social da arte como direito público, bem como a permanência e  legitimidade dos espaços já existentes;
·         A publicação dos editais no âmbito federal no primeiro trimestre de cada ano, com maior aporte de verbas e que estas sejam liberadas sem atrasos, respeitando-se os prazos estipulados pelo edital, bem como a divulgação de um parecer técnico de todos os projetos avaliados pela comissão, juntamente com a  lista de contemplados e suplentes;
·         Que os editais do governo federal sejam estruturados de forma que cada estado seja contemplado com um edital específico, respeitando as particularidades do mesmo, inclusive observando a necessidade de composição de comissões paritárias, indicadas pela RBTR e pelos movimentos artísticos organizados;
·         Que sejam respeitadas a representatividade, as indicações e deliberações do teatro de rua nos colegiados setoriais e conselhos das instâncias municipais, estaduais, distrital e federal;
·         A aprovação e regulamentação imediata da PEC 150/03, atual PEC 147, que vincula para a cultura o mínimo de 2% do orçamento da União, 1,5% do orçamento dos Estados e Distrito Federal e 1% dos orçamento dos municípios;
·         A criação de uma legislação de contratação específica para a cultura, uma vez que a lei 8.666/93, que trata das licitações e contratações no âmbito governamental, não contempla as singularidades da área cultural, como cooperativas, associações ou instituições sem fins lucrativos;
·         A extinção da Lei Rouanet e de quaisquer mecanismos de financiamentos que utilizem a renúncia fiscal, rejeitando portanto a sua reforma, o Procultura, por compreendermos que a utilização da verba pública deve ocorrer por meio do financiamento direto do Estado, através de programas em forma de prêmios e leis elaboradas pelos segmentos organizados da sociedade;
·         A inclusão nas matrizes curriculares das instituições públicas de ensino de teatro a nível técnico e superior, de disciplinas voltadas especificamente para a cultura popular brasileira, o teatro de rua e o teatro da América Latina;
·         O financiamento público de publicações e estudos específicos sobre o teatro de rua e a cultura popular, como meio de registro, valorização  e respeito às suas formas e saberes, assim como sua ampla distribuição;

Os articuladores(as) da RBTR, repudiam:

·         A ação da Senhora Ministra da Cultura Marta Suplicy de destinar recursos públicos para projetos que visam interesses privados e sem a aprovação da CNIC, vide exemplo ocorrido no segmento da moda que previa  ações de interesses privados e fora da esfera nacional;
·         O Mega Evento Copa do Mundo de 2014 e a Lei Geral da Copa, que fere os princípios constitucionais do país, bem como o lançamento do Programa Cultura 2014, que prevê a seleção nacional de propostas para a realização de atividades culturais nas 12 cidades sedes dos jogos de 2014 (carta de repúdio em anexo);
·         A realização de novas conferências municipais, estaduais e nacional de cultura, gerando custos para a sociedade civil, já que a maioria das prioridades votadas nas conferências anteriores não foram atendidas, a exemplo do custo amazônico, votada ca Conferência Nacional como prioridade número um;
·         A ação violenta das igrejas e seus missionários, que historicamente massacram, exterminam e destroem, dentro dos territórios  indígenas, qualquer prática, costume ou tradição cultural desses povos que não sejam coerentes com as suas doutrinas religiosas;

Hoje, dia 31 de agosto de 2013, no XIII Encontro da RBTR, foi criada a PUIPISÍ - Rede Acreana dos Movimentos Populares de Rua e Floresta, que reúne grupos artísticos, seringueiros, povos indígenas, comunidades de agricultura familiar e comunidades ribeirinhas no estado do Acre, tendo como uma de suas premissas a proteção e defesa de suas florestas, patrimônios vivos culturais dos amazônidas e o intercâmbio cultural com os países da América Latina.
Entendemos cultura como um espaço ampliado que engloba nossas matas, nossos povos, nossos meios de produção e nossos costumes e exigimos o fortalecimento desse movimento não só com recursos orçamentários e com projetos específicos, mas com a facilitação do acesso a esses recursos, que muitas vezes vem por sistemas como o Salic-Web, que são excludentes a essas populações.
Exigimos o fortalecimento dos grupos artísticos locais através do maior aporte dos recursos públicos para esses coletivos, da desburocratização para a utilização dos recursos do Fundo Estadual de Cultura, além da criação de um projeto de lei com orçamento direto para os festivais culturais realizados pelos povos indígenas.
A RBTR juntamente com a PUIPISÍ, exige o reconhecimento dos mestres indígenas com pertencimento da cultura e dos conhecimentos tradicionais, danças, músicas, rituais, crenças, mitos etc. através de recursos, de investimentos públicos, como o recente projeto aprovado: Lei dos Griôs.
O teatro de rua é símbolo de resistência artística, agente cultural, comunicador, gerador de sentido, propósito de novas razões do uso dos espaços públicos, assim reafirmamos o dia 27 de março, Dia Mundial do Teatro, Dia Nacional do Circo e Dia Nacional do Grafite, como o Dia de Mobilização e de Luta por Políticas Públicas para as Artes Públicas, e conclamamos os trabalhadores(as) das artes de rua e a população brasileira em geral, a lutarem pelo direito à cultura e ao digno direito de seu ofício.
Foi reafirmado pelo conjunto de articuladores(as) presentes que os próximos encontros da RBTR no primeiro e segundo semestre de 2014, serão sediados nas cidades de Londrina-PR e Rio de Janeiro, no Hotel da Loucura, Bairro Engenho de Dentro.

"PUIPISI ou saca-saia é uma formiga de mutirão, de odor ruim, que não vive só e que com seu bando, limpa a área, não deixando nada escondido, expulsando o que incomoda e mostrando tudo o que há por ali. Como disse o Cacique Yuqui, somos todas e todas Puipisis."


Ramal História Encantada, Rio Branco/Acre, 31 de agosto de 2013