sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
8ª Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas - São Paulo/SP
O Teatro Imaginário Maracangalha participará da 8ª Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas e do 1º Encontro Estadual de Teatro de Rua de São Paulo/SP!
Evoé!
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
30 ANOS DE IMPUNIDADE
Dia 25 de novembro fará 30 anos que o líder indígena Marçal de Souza - Tupã-I Deus Pequeno - foi assassinado! E nada mudou, hoje os fazendeiros fazem leilão de gado para contratar milicia para agir contra as ocupações indígenas.
O Teatro Imaginário Maracangalha apresenta o espetáculo Tekoha - ritual de vida e morte do Deus Pequeno e a intervenção Ferro em Brasa para mostrar que a voz de Tupã-I não foi calada e que a impunidade é mais dolorosa que a morte.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
AREÔTORARE na 7ª Representação do MS Em Cena
Sábado 16 de novembro às 10 horas na Feira da Avenida Rosário Congro
Semana Cultural MS Em Cena 7ª Representação
MS Em Cena 16/11
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
AREÔTORARE no Circuito Sul-mato-grossense de Teatro
09/11 em Coxim às 20h na Praça da Concha Acústica
10/11 em Rio Verde de Mato Grosso às 18h na Praça das Américas
EVOÉÉÉ!
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
4ª TEMPORADA DO CHAPÉU
PROGRAMAÇÃO
DIA 24/10
ÀS 09h NA PRAÇA ARI COELHO
Oficina "Pegada dos Andarilhos" com o grupo TIBANARÉ (Cuiabá/MT)
A oficina objetiva criar um ambiente de experimentação e
exercícios cênicos, focado na presença e ação do ator criador na rua através de
treinamentos físicos e vocais. Nela, os participantes se relacionarão
através do jogo cênico, partindo do canto, dança e ação poética, manifestando
um fluxo de vida, permeada pela técnica e organicidade, a procura do brincante
pessoal.
ÀS 12H30 NA PRAÇA ARI COELHO
CORTEJO DE ABERTURA COM TEATRO IMAGINÁRIO MARACANGALHA
ÀS 17H NA PRAÇA ARI COELHO
Intervenção -
“Andarilhos das Estrelas” do grupo Tibanaré
(Cuiabá/MT)
O grupo Tibanaré apresenta a
intervenção teatral urbana estruturada em forma de cortejo cênico musical, “Andarilhos
das Estrelas”. Nela, o grupo de atores e plateia entrelaça uma relação
brincante, para juntos desarmar a urbanidade com poesia, representação de
danças típicas de mato grosso, contações de histórias e cantigas e cantos de
roda. A ação cênica móvel proposta é voltada especialmente para espaços não
convencionais, de modo que possa surpreender o público em qualquer hora e
qualquer lugar.
ÀS 20H NA ORLA MORENA
Espetáculo “Saltimbembes Mambembancos” do Grupo Rosa dos Ventos (Presidente Prudente/SP)
Saltimbembe é um espetáculo brincante, com interpretação livre de artistas cômicos populares e verborrágicos, improvisadores por opção, influenciados pelo teatro, circo, palhaço de circos pequenos e principalmente pelos artistas de rua, puladores de arco da faca, vendedores de pomadas milagrosas, telepatas e repentistas que viajam de cidade em cidade vivendo de sua arte.
DIA 25/10
ÀS 11H NO PAÇO MUNICIPAL
Performance - “Esperar” do Grupo Coli$ão (Campo Grande/MS)
es·pe·rar -
verbo intransitivo
1. Estar à espera; ficar esperando.
verbo transitivo
2. Ter esperança ou esperanças.
3. Contar com.
4. Aguardar.
5. Armar emboscada ou espera a.
6. .Conjecturar, supor.
7. [Brasil] Aparar um golpe; pôr-se em guarda.
verbo intransitivo
1. Estar à espera; ficar esperando.
verbo transitivo
2. Ter esperança ou esperanças.
3. Contar com.
4. Aguardar.
5. Armar emboscada ou espera a.
6. .Conjecturar, supor.
7. [Brasil] Aparar um golpe; pôr-se em guarda.
Espetáculo “João Pé-de-Chinelo” do Grupo Teatral
Manjericão (Porto Alegre/RS)
O espetáculo mostra o universo de João Pé-de-Chinelo, um papeleiro que vive nas ruas, praças e parques com o seu carrinho catando papelão e outros matérias recicláveis, na busca de sobrevivência e sustento da família. João é mais trabalhador fruto do êxodo rural que procura reagir com dignidade diante da mazelas dos grandes centros urbanos. O personagem apresenta sua casa e família ao público, narra histórias e aventuras vividas e sonha com dias melhores.
DIA 26/10
ÀS 12H NO CALÇADÃO DA BARÃO
Espetáculo “Qualquer Canto por um Conto” do Circo Le Chapeau (Rio de Janeiro/RJ)
Dois artistas de um grande circo decidem parar com a vida dos espetáculos, porém após alguns dias percebem que estavam errados e decidem voltar ao circo, mas o circo já foi embora… e como artistas não desistem e tentam abrir o próprio circo, mas percebem que faltam algumas coisas e alguns artistas, mas mesmo assim vão em frente pois precisam de dinheiro! Será que eles vão conseguir fazer esse espetáculo? Não perca essa oportunidade e compareça para descobrir, as vezes você pode ser até o escolhido para fazer parte desse espetáculo!
ÀS 17H NA PRAÇA DO PAPA
Aborto-Medida Performativa #2 do PROJETO QUAL O REAL DA POESIA (AQUIDAUANA/MS)
ABORTO pretende ser a segunda medida performativa do projeto “Qual o
real da poesia?” contemplado pelo Prêmio Rubens Corrêa de Teatro – 2013 da
Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul. Pretendemos com essa ação
performativa discutir publicamente as relações entre violência contra mulher,
política e economia através de uma pesquisa corporal que transitará entre as
noções de SAGRADO e PROFANO e a contaminação de um pelo outro buscando traçar
reflexo(e)s desse duplo na vida cotidiana.
DIA 27/10
ÀS 11H NA FEIRA DAS MORENINHAS
Espetáculo “A Princesa Engasgada” do Teatral Grupo de Risco (Campo Grande/MS)
Uma história irônica de uma princesa que se engasga com uma espinha de peixe e o rei determina que seja encontrado um médico para curar sua filha. Uma camponesa cansada apanhar do marido, resolve se vingar e diz ao fidalgo que ele é médico, mas só trata seus pacientes quando apanha. O camponês, sem direito de recusa, é levado ao rei e assim começa seu castigo. Com suas peripécias consegue ganhar a simpatia do rei.
ÀS 15H NO CENTRO COMUNITÁRIO INDUBRASIL
Intervenção “Ferro em Brasa” do Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande/MS)
Ferro em Brasa tem aborda a questão do extermínio indígena desde o período do descobrimento do Brasil até os dias atuais, a partir da Carta de Pero Vaz de Caminha, de escritos do Frei Bartolomé de las Casas, poemas de Oswald de Andrade e noticias de violências contra os povos indígenas.
ÀS 19H NA PRAÇA DO PEIXE
Intervenção “O Cortejo do Divino Senhor – Sinhozinho” do Abequar (Campo Grande/MS)
Trabalho teatral idealizado como cortejo baseado nas procissões religiosas do catolicismo popular e traz como um dos seus personagens a enigmática figura do Sinhozinho, um místico que fez sua passagem na década de 1940 pelo município de Bonito/MS.
Foto: Alonso Pafyeze
DIA 28/10
ÀS 10H NO HORTO FLORESTAL
Espetáculo “Areôtorare” do Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande/MS)
O espetáculo de rua revisita as obras “Areôtorare” (1935) e “Sarobá” (1936) do escritor modernista Lobivar Matos, nascido em Corumbá (MS), aborda as relações humanas e sociais do seu tempo. Desta forma, questões como desigualdade, preconceito e desenvolvimento econômico são desveladas sob a ótica dos trabalhadores, índios e negros que até hoje “refletem os anseios, as revoltas, as durezas amargas da época e do meio em que vivem” (MATOS, L.).
ÀS 19H30 NA PRAÇA AQUIDAUANA
Intervenção “O Ônibus” do Grupo Foco Sem Norma (Corumbá/MS)
Um ônibus coletivo é assaltado e decorrer deste assalto um imprevisto esta para acontecer. Em Abril de 2013 a diretora de teatro Bianca Machado recebeu um convite da APAE de Corumbá, para preparar um esquete no festival regional de Talentos da APAE. A paixão foi imediata, talento, disposição, diversão e empenho fez com que o esquete” O onibus ” arrancasse risada de mais de 700 pessoas, despertando no grupo o desejo de ir mais longe.
ÀS 20H NA PRAÇA AQUIDAUANA
Performance - Artaud do Grupo Uruato (Campo Grande/MS)
DIA 29/10
ÀS 11H30 NO CALÇADÃO DA BARÃO
Intervenção “Intervenção Urbana In Transito” do Grupo Flor e Espinho (Campo Grande/MS)
Um personagem na rua livre para agir a partir de estímulos que a rua proporcionar. Intervenção que busca um olhar reflexivo sobre as problemáticas que a cidade apresentam aos seus cidadãos.
ÀS 17H30 NO CEMITÉRIO STO ANTÔNIO
Espetáculo “Contos Para Flores Roxas e Murchas” da Trupe Arte e Vida (Naviraí/MS)
Nesse espetáculo a trupe trata de tema muito “velado” por todos: a MORTE. o assunto surgiu constantemente nas diversas pesquisas que realizamos durante os 6 meses deste projeto: tanto na análise de fatos históricos recentes de nossa região quanto nos relatos orais colhidos através de entrevistas com moradores da cidade, formando assim uma trama dramatúrgica tecida coletivamente a partir de diversas vozes.
ÀS 20H NA ESCOLA ESTADUAL HÉRCULES MAYMONE
Espetáculo “Tekoha - Ritual de vida e morte do Deus Pequeno” do Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande/MS)
O espetáculo narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, Tekoha, tem um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha faz da rua a representação tão sagrado aos guaranis.
DIA 30/10
ÀS 11H30 NO PAÇO MUNICIPAL
Intervenção “Operário em Construção” do Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande/MS)
Intervenção baseada no poema de Vinicius de Moraes: O Operário em Construção
ÀS 18H (ABERTURA PARA O SEMINÁRIO) NA PRAÇA SEU LUZIANO (SÃO FRANCISCO)
Espetáculo “Circo Micróbio” do Coletivo M’Boitatá (Dourados/MS)
O pequeno circo, andarilho, que insiste em sobreviver aos novos tempos, à tecnologia, as guerras. Inspirado no movimento hippie alimenta-se de músicas dos anos 70 para apresentar números e personagens tradicionais circenses, acrobacias, malabarismos, o palhaço, o domador, a cigana advinha, o homem forte, a bailarina…
SEMINÁRIO - TEATRO DE RUA EM MOVIMENTOS
Fernando Cruz: Ator, diretor, dramaturgo, contador de história. Articulador da Rede Brasileira de Teatro de Rua/MS.
Marcio Silveira: Dramaturgo, diretor, ator e professor. Mestre em Artes Cênicas PPGAC/UFRGS. representante da Sociedade civil no Colegiado Setorial de Teatro no CNPC, e articulador da RBTR - Rede Brasileira de Teatro de Rua/RS.
Natália Siufi: Atriz, diretora, dramaturga. Licenciatura em Artes Cênicas na UNESP , Integrante do Movimento de Teatro de Rua de São Paulo, do Movimento de Trabalhadores da Cultura, e articuladora da RBTR - Rede Brasileira de Teatro de Rua/SP.
Mediador/ Prof. Dr. Paulo Paes; Coordenador do curso de Artes Visuais da UFMS/ Teatro Popular e Performance/MS.
DIA 31/10
ÀS 11H30 NO PAÇO MUNICIPAL
Intervenção “SIntervenção- Atenda” do Grupo Salin Haqzan (Corumbá/MS)
ÀS 18H (ABERTURA PARA O SEMINÁRIO) NA
PRAÇA SEU LUZIANO (SÃO FRANCISCO)
Espetáculo “O Palhaço no 1/2 da rua” do Grupo Circo do Mato (Campo Grande/MS)
O Palhaço no ½ da Rua é um espetáculo de circo-teatro de rua. Através da chegada de uma charanga (banda circense) os palhaços invadem o espaço com pequenos números de baile e mescla de quadros, esquetes e números circenses. Um resgate da manifestação circense genuinamente brasileira. Foto: Laila Pulchério
SEMINÁRIO - TEATRO DE RUA E A ACADEMIA
Licko Turle: Pesquisador, Professor, Ator e Diretor
Teatral, Letras (UERJ), possui os títulos de Mestre e Doutor e Pós-doutorando
em teatro , grupo de teatro Tá na Rua e articulador da RBTR - Rede Brasileira
de Teatro de Rua/RJ.
Roberta Ninin: Atriz e diretora teatral, professora do curso de Artes Cênicas da
UFGD, Mestra em Artes Cênicas UNESP.
Toni Edson: Dramaturgo, diretor, compositor e ator, É licenciado em
Artes Cênicas,mestre em Literatura Brasileira, professor universitário de
Prática Teatral (UDESC). pósgraduando, nível doutorado no PPGAC da UFBA.
Mediadora/ Caren Louro; Atriz, palhaça, produtora cultural e
pesquisadora na área de Teatro, Mestre em Estudos Literários pela
UFMS.
DIA 01/11
ÀS 12H NO CAMELÓDROMO
ÀS 12H NO CAMELÓDROMO
Espetáculo “Varre Dor de Vadiagem” do Grupo Clara Trupi de Ovos y Assovios (Mogi das Cruzes/SP)
Um varredor de rua vive seu ofício num contato íntimo, grotesco, lírico, com seus espectadores-personagens, que aqui vivenciaram e participaram com significância de todo uma reinventada passagem de vida desse brincante varredor.
ÀS 18H (ABERTURA PARA O SEMINÁRIO) NA PRAÇA SEU LUZIANO (SÃO FRANCISCO)
Espetáculo “Areôtorare” do Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande/MS)
O espetáculo de rua revisita as obras “Areôtorare” (1935) e “Sarobá” (1936) do escritor modernista Lobivar Matos, nascido em Corumbá (MS), aborda as relações humanas e sociais do seu tempo. Desta forma, questões como desigualdade, preconceito e desenvolvimento econômico são desveladas sob a ótica dos trabalhadores, índios e negros que até hoje “refletem os anseios, as revoltas, as durezas amargas da época e do meio em que vivem” (MATOS, L.).
SEMINÁRIO - ARTE PÚBLICA
Mediador/ Leandro Mendonça
Barbosa: Doutorando em história pela
universidade de Lisboa em Portugal, Conselheiro Titular do Conselho Municipal
de Cultura/MS.
CORTEJO E FESTA NA CASA VAI OU RACHA
CORTEJO E FESTA NA CASA VAI OU RACHA
com
Pepa Quadrini e
Irmãs Vai ou Racha
Pepa Quadrini e
Irmãs Vai ou Racha
Marcadores:
Arte Pública,
Cortejo,
Espaço Público,
Intervenção,
Performance,
Praça,
Rede Brasileira de Teatro de Rua,
Rua,
Teatro de Rua,
Temporada do Chapéu
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Espetáculos e Intervenções selecionadas para a 4ª Temporada do Chapéu
GRUPO/ARTISTA | ESPETÁCULO | CIDADE |
Arte e Vida | "Contos Para Flores Roxas e Murchas" | Naviraí - MS |
Circo do Mato | "O Palhaço no 1/2 da Rua" | Campo Grande - MS |
Clara Trupi de Ovos e Assovios | "Varre Dor de Vadiagem" | Mogi das Cruzes - SP |
Grupo Manjericão | "João Pé-de-Chinelo" | Porto Alegre - RS |
Le Chapeau | "Le Chapeau - Em qualquer canto por um conto" | Rio de Janeiro - RJ |
M'Boitatá | "Circo Micróbio" | Dourados - MS |
Rosa dos Ventos | "Saltimbembes Mambembando" | Presidente Prudente - SP |
Teatral Grupo de Risco | "A Princesa Engasgada" | Campo Grande - MS |
GRUPO/ARTISTA | INTERVENÇÃO/PERFORMANCE | CIDADE |
Abequar | "O Cortejo do Divino Senhor" | Campo Grande - MS |
Coli$ão | "A Espera" | Campo Grande - MS |
Flor e Espinho | "Intervenção Urbana In Transito" | Campo Grande - MS |
Ligia Marina | "ABORTO- Medida Performativa #2 | Aquidauana - MS |
Salim Haqzam | "SIntervenção- Atenda" | Corumbá - MS |
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
NOTA INFORMATIVA
Devido à greve dos CORREIOS a publicação dos espetáculos selecionados para 4ª Temporada do Chapéu que aconteceria dia 06 de outubro de 2013, foi adiada para dia 11 de outubro de 2013.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Sarobá - Flores no Asfalto
SAROBÁ - FLORES NO ASFALTO
Sarobá - Flores no Asfalto por Prof. Washington.
Sarobá - Flores no Asfalto por Prof. Washington.
CARTA REDE BRASILEIRA DE TEATRO DE RUA - ACRE/RIO BRANCO 2013
CARTA DO RAMAL HISTÓRIA ENCANTADA - ACRE/RIO BRANCO
"Nós, povos indígenas, fomos os primeiros, e agora somos derradeiros ao ser ouvidos pelos governantes do Brasil no que diz respeito às leis e às declarações universais dos povos indígenas e à própria Constituição Federal, que garante os costumes, rituais e demarcações da terra indígena." (BAINAWÁ, articulador, da comunidade Huni-Kuin)
A Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR), criada em março de 2007 em Salvador/BA, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os grupos de teatro, trabalhadores(as) da arte, pesquisadores(as) e pensadores(as) envolvidos com o fazer artístico de rua, pertencentes à RBTR, podem e devem ser seus articuladores(as) para, assim, ampliar e capilarizar, cada vez mais, reflexões e pensamentos, com encontros, movimentos e ações em suas localidades.
O intercâmbio da RBTR ocorre de forma presencial e virtual, entretanto toda e qualquer deliberação é definida por consenso nos encontros presenciais. Os seus articuladores realizam dois encontros anuais em diferentes regiões brasileiras, contemplando as várias regiões do país. Articuladores e coletivos regionais de todos os estados deverão organizar-se para garantir a sua participação nos encontros, e dar continuidade as ações iniciadas nos Grupos de Trabalho (GTs), a saber: 1) Política e Ações estratégicas; 2) Pesquisa; 3) Colaboração artística; 4) Comunicação.
A RBTR reunida de 27 à 31 de agosto de 2013, no Ramal História Encantada, na cidade de Rio Branco/Acre, no XIII Encontro, reafirma sua missão de:
· Lutar por um mundo socialmente justo e igualitário que respeite as diversidades;
· Contribuir para o desenvolvimento das artes públicas, possibilitando trocas de experiências artísticas e políticas entre os articuladores da RBTR
· Lutar por políticas públicas para as artes públicas com investimento direto do estado, por meio de fundos públicos de cultura, estabelecidos em leis e com dotação orçamentária própria através de chamamentos públicos, prêmios e processos transparentes com comissões paritárias eleitas por sociedade civil, garantindo assim o direito à produção e o acesso aos bens culturais para todos os brasileiros;
· Lutar pelo livre uso e acesso aos espaços públicos garantindo a pratica artística e respeitando as especificidades dos diversos segmentos das artes públicas, em acordo com o artigo V da constituição brasileira que no nono inciso diz "é livre a expressão da atividade intelectual artística, científica e de comunicação independentemente de censura ou licença.
Os articuladores(as) da RBTR, com o objetivo de exigir políticas para as artes públicasdefendem:
· A criação de leis de fomento para o teatro de rua que assegurem produção, circulação, formação, trabalho continuado, registro e memória, manutenção de grupos, pesquisa, intercâmbio, vivência, mostras e encontros de teatro; levando-se em consideração as especificidades de cada região;
· Aprovação imediata da lei federal 1096-2011 que regulamenta as manifestações culturais de rua em tramitação no congresso nacional, bem como a extinção de todas e quaisquer repressões, cobranças de taxas e excessivas burocracias para as apresentações dos trabalhadores da arte de rua pelo país;
· A criação de um projeto de lei para a ocupação de prédios, terrenos e outros imóveis públicos ociosos transformando-os em sedes de grupos artísticos ou espaços culturais e comunitários que atendam a função social da arte como direito público, bem como a permanência e legitimidade dos espaços já existentes;
· A publicação dos editais no âmbito federal no primeiro trimestre de cada ano, com maior aporte de verbas e que estas sejam liberadas sem atrasos, respeitando-se os prazos estipulados pelo edital, bem como a divulgação de um parecer técnico de todos os projetos avaliados pela comissão, juntamente com a lista de contemplados e suplentes;
· Que os editais do governo federal sejam estruturados de forma que cada estado seja contemplado com um edital específico, respeitando as particularidades do mesmo, inclusive observando a necessidade de composição de comissões paritárias, indicadas pela RBTR e pelos movimentos artísticos organizados;
· Que sejam respeitadas a representatividade, as indicações e deliberações do teatro de rua nos colegiados setoriais e conselhos das instâncias municipais, estaduais, distrital e federal;
· A aprovação e regulamentação imediata da PEC 150/03, atual PEC 147, que vincula para a cultura o mínimo de 2% do orçamento da União, 1,5% do orçamento dos Estados e Distrito Federal e 1% dos orçamento dos municípios;
· A criação de uma legislação de contratação específica para a cultura, uma vez que a lei 8.666/93, que trata das licitações e contratações no âmbito governamental, não contempla as singularidades da área cultural, como cooperativas, associações ou instituições sem fins lucrativos;
· A extinção da Lei Rouanet e de quaisquer mecanismos de financiamentos que utilizem a renúncia fiscal, rejeitando portanto a sua reforma, o Procultura, por compreendermos que a utilização da verba pública deve ocorrer por meio do financiamento direto do Estado, através de programas em forma de prêmios e leis elaboradas pelos segmentos organizados da sociedade;
· A inclusão nas matrizes curriculares das instituições públicas de ensino de teatro a nível técnico e superior, de disciplinas voltadas especificamente para a cultura popular brasileira, o teatro de rua e o teatro da América Latina;
· O financiamento público de publicações e estudos específicos sobre o teatro de rua e a cultura popular, como meio de registro, valorização e respeito às suas formas e saberes, assim como sua ampla distribuição;
Os articuladores(as) da RBTR, repudiam:
· A ação da Senhora Ministra da Cultura Marta Suplicy de destinar recursos públicos para projetos que visam interesses privados e sem a aprovação da CNIC, vide exemplo ocorrido no segmento da moda que previa ações de interesses privados e fora da esfera nacional;
· O Mega Evento Copa do Mundo de 2014 e a Lei Geral da Copa, que fere os princípios constitucionais do país, bem como o lançamento do Programa Cultura 2014, que prevê a seleção nacional de propostas para a realização de atividades culturais nas 12 cidades sedes dos jogos de 2014 (carta de repúdio em anexo);
· A realização de novas conferências municipais, estaduais e nacional de cultura, gerando custos para a sociedade civil, já que a maioria das prioridades votadas nas conferências anteriores não foram atendidas, a exemplo do custo amazônico, votada ca Conferência Nacional como prioridade número um;
· A ação violenta das igrejas e seus missionários, que historicamente massacram, exterminam e destroem, dentro dos territórios indígenas, qualquer prática, costume ou tradição cultural desses povos que não sejam coerentes com as suas doutrinas religiosas;
Hoje, dia 31 de agosto de 2013, no XIII Encontro da RBTR, foi criada a PUIPISÍ - Rede Acreana dos Movimentos Populares de Rua e Floresta, que reúne grupos artísticos, seringueiros, povos indígenas, comunidades de agricultura familiar e comunidades ribeirinhas no estado do Acre, tendo como uma de suas premissas a proteção e defesa de suas florestas, patrimônios vivos culturais dos amazônidas e o intercâmbio cultural com os países da América Latina.
Entendemos cultura como um espaço ampliado que engloba nossas matas, nossos povos, nossos meios de produção e nossos costumes e exigimos o fortalecimento desse movimento não só com recursos orçamentários e com projetos específicos, mas com a facilitação do acesso a esses recursos, que muitas vezes vem por sistemas como o Salic-Web, que são excludentes a essas populações.
Exigimos o fortalecimento dos grupos artísticos locais através do maior aporte dos recursos públicos para esses coletivos, da desburocratização para a utilização dos recursos do Fundo Estadual de Cultura, além da criação de um projeto de lei com orçamento direto para os festivais culturais realizados pelos povos indígenas.
A RBTR juntamente com a PUIPISÍ, exige o reconhecimento dos mestres indígenas com pertencimento da cultura e dos conhecimentos tradicionais, danças, músicas, rituais, crenças, mitos etc. através de recursos, de investimentos públicos, como o recente projeto aprovado: Lei dos Griôs.
O teatro de rua é símbolo de resistência artística, agente cultural, comunicador, gerador de sentido, propósito de novas razões do uso dos espaços públicos, assim reafirmamos o dia 27 de março, Dia Mundial do Teatro, Dia Nacional do Circo e Dia Nacional do Grafite, como o Dia de Mobilização e de Luta por Políticas Públicas para as Artes Públicas, e conclamamos os trabalhadores(as) das artes de rua e a população brasileira em geral, a lutarem pelo direito à cultura e ao digno direito de seu ofício.
Foi reafirmado pelo conjunto de articuladores(as) presentes que os próximos encontros da RBTR no primeiro e segundo semestre de 2014, serão sediados nas cidades de Londrina-PR e Rio de Janeiro, no Hotel da Loucura, Bairro Engenho de Dentro.
"PUIPISI ou saca-saia é uma formiga de mutirão, de odor ruim, que não vive só e que com seu bando, limpa a área, não deixando nada escondido, expulsando o que incomoda e mostrando tudo o que há por ali. Como disse o Cacique Yuqui, somos todas e todas Puipisis."
Ramal História Encantada, Rio Branco/Acre, 31 de agosto de 2013
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