sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Carta Pública dos Trabalhadores da Cultura de Campo Grande/MS

CARTA PÚBLICA


Após mais de duas décadas de tentativas de recolocar a ARTE & CULTURA como política pública para Campo Grande ser saudável e humanizada, declaramos óbito para que:
- O TEATRO DO PAÇO MUNICIPAL “OTÁVIO GUIZZO” cumpra a função para a qual ele foi concebido: Local onde se apresentam as manifestações culturais da nossa capital.
- O orçamento de 1% e o Plano Municipal de Cultura seja implementado e que as prestações de contas sejam públicas e transparentes.
- O FMIC e Fomteatro sejam pagos sem atraso.
- O Art.19, inc.I da Constituição sobre o Estado laico seja respeitado e o município não use dinheiro público para promoção religiosa.
- Os espaços públicos sejam cuidados como equipamento cultural e nossas praças se tornem espaço de convívio com arte e cultura.



Tendo em vista que, todas estas tentativas foram em vão. Como em vão temos endereçado ofícios, solicitações e outros tantos documentos que devem estar juntos com outros tantos sem importância que hoje abarrotam o espaço do Paço que virou D E P Ó S I T O de todos os entulhos que a população inocentemente encaminha a esse órgão público.
Em vão temos comparecido a encontros e/ou reuniões, nas quais pretendem tratar-nos como marionetes, vaquinhas de presépio, figurantes, que estão aí e devem obedecer e só se manifestarem quando a “claque” acenar que é hora de sorrir, de aplaudir, de posar para o próximo artigo jornalístico, que contará as maravilhas que estão acontecendo no “Reino de A-vilão”.
Esta é a prática dest@s senhor@s; a de considerar os cidadãos em geral e os artistas em especial, como seres acéfalos, divertidos e coniventes: isto, senhores, não se presta a nós.
Apesar de tudo, esperamos por mais de duas décadas com a ingênua esperança de ver que pelo menos um(a) dest@s senhor@s atuassem com seriedade; se pelo menos um deles, tivesse se conduzido com a seriedade e o compromisso que o cargo, a função que exercem, requer, pois TODOS! Prefeito, secretário, assessores, e/ou presidentes são funcionários escolhidos por nós; o povo e, como tal, devem prestar contas, respostas e resultados a nós que somos seus chefes /patrões.
Mas neste feudo, a história vem sendo construída às avessas, est@s senhor@s se portam com arrogância, prepotência, CINISMO! Donos vitalícios do Poder? N Ã O!!
Fim do Prólogo! Primeira e única cena.
E é com profundo pesar que comunicamos também, que todas as panacéias e placebos (declarações irresponsáveis, mentirosas, desrespeitosas violentas e até debochadas) aplicados até hoje, perderam seu prazo de validade.
Agora só nos cumpre dizer aos cidadãos desta nossa bela e querida cidade Morena, que a CULTURA está na UTI! Se não tomarmos providências urgentes, ele entrará em Coma, sim!
Cabe a você cidadão, a nós artistas unir-nos:
Para que o TEATRO DO PAÇO “OTÁVIO GUIZZO” DEIXE DE SER O LIXÃO DA PREFEITURA, o arquivo morto.
Para que a ARTE e a CULTURA NÃO MORRAM.
Para que o POVO tenha a ARTE & CULTURA como DIREITO



A G O R A M E S MO!!



Trabalhadores da Cultura de Campo Grande
Colegiado Setorial de Teatro


terça-feira, 9 de setembro de 2014

MANIFESTO POR UMA ARTE-PÚBLICA


LOUCOS DE AMOR


Não nos entregaremos e vamos juntos até o fim, Nos somos a resistência e não nos entregaremos. Somos as forças desarmadas da população e vamos Quebrar os velhos moldes, abandonar os temas irrisórios dar larga ao pensamento livre. Nós os artistas deste tempo, falaremos do amor, da liberdade e da arte pública, das durezas amargas da nossa época e do nosso meio. Somos um grande gueto sempre aberto e livre. Nossa liberdade desafia a ordem do homem, nosso gueto se expande ocupando as ruas e, as praças dialogando com as pessoas e fazendo delas protagonistas, estamos nos alastrando como a peste que somos e iniciamos a retomada porque estas cidades são nossas o Brasil é nosso.
Adelante junto somos mais fortes. Somos insanos, um bando cheio dos recheios da mais doce loucura. A loucura do afeto, sem perversidade. Nossa loucura causa felicidade. Portanto é a contra mão do que nossa sociedade quer. Sociedade entupida de repressão e opressão. Sociedade que clama por saúde pública com uma polícia doente dentro do colapso político onde armas disparam sem querer e dinheiros somem sem querer, não temos mais opção, nos entregamos ou vamos ate o fim juntos. Só a saúde pública salva, só o cuidado com outro salva. Estamos determinados nos somos as forças desarmadas da população queremos romper e exterminar a perversidade desta sociedade doente. Nós temos que tomar ciência que todos somos doentes frutos da podridão desta ordem. Vamos rasgar os ternos do poder a dureza e o cinza das cidades, a conversa e a troca estão abertas entre nesta roda sem culpa sem culpa ocupa nise. Venha para a cura, vista os trapos das fantasias, vamos colorir e fazer rebolar as curvas das cidades, pois amar em tempos de ódio é um ato revolucionário. Nós somos as forças desarmadas do povo. Estamos na frente no fronte preparados para a tomada. Muita Gratidão pelo carinho e afeto, pela troca e principalmente pelo entrelace e fortalecimento da brodagem, saio deste encontro mais determinado, seguro que estamos no caminho certo e que o que está posto neste mundo não nos serve. 
Fico feliz de ter a grata sorte de poder compartilhar com várias gerações de mestres de todos os lugares e de nenhum lugar, com as mais diversas práticas, das mais variadas cores, de riquezas ímpares. Mostrando-nos com generosidade em apontar o caminho. Nesta sociedade decadente e doente que clama por educação, saúde e arte pública. Onde se perguntam com quantos policiais, porretes e políticos corruptos se faz um cidadão estamos de pronto respondendo e mostrando com quantos espetáculos, cortejos e com quantas doses de arte pública e loucura se faz um cidadão. Se preparem, a retomada começou! As forças desarmadas do povo tomaram a Cinelândia e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A arte pública salva, a educação pública salva e a saúde pública salva. Nesta sociedade insana, onde padecemos das mais variadas tragédias, este encontro da RBTR, da UPAC e OCUPANISE veio como um rio que passou em minha vida me enchendo de questionamentos metendo o dedo na ferida e mostrando o que somos!

Renderson Valentim conspirados com todos aliados e pensamentos de grandes mestres XV RBTR, IV UPAC e III OCUPANISE Engenho de dentro para fora Rio de Janeiro. Salvemos nossas loucuras...