segunda-feira, 29 de abril de 2019

VIII TEMPORADA DO CHAPÉU



O Teatro Imaginário Maracangalha pede passagem! Convidamos a todas e todos para “VIII TEMPORADA DO CHAPÉU” que deixará a cidade mais colorida, festiva e claro muito reflexiva, do dia 20 ao dia 26 de maio Campo Grande será invadida por artistas, teatreirxs, e rueirxs oriundos de diversas partes desse Brasil, que realizarão oficinas, seminário, espetáculos, performances e o Rendevu, para encerrar com uma festa maneira regada de muita música, arte e gente bacana.
E como toda abertura merece, o início da mostra será marcado com muita energia suor e alegria com o cortejo feito pelxs artistas presentes com muita música e diversão pelas ruas do centro, concentração marcada para 11 horas na praça Ari Coelho no dia 23 de maio. Laroyê! Evoé!
Esta Mostra é realizada pelo grupo Teatro Imaginário Maracangalha e comparsas, nessa VIII edição foi contemplada com o Programa de Fomento ao Teatro [FOMTEATRO] em 2018 pela Secretaria de Cultura e Turismo de Campo Grande (SECTUR) e tem o apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS). Ah! E claro, de você também, a mostra é toda aberta e gratuita, em todas as ações artistas passarão o chapéu que é nossa maneira milenar de manter a arte na rua e viver com dignidade, apoie e valorize a/o artista de rua, se tiver possibilidade contribua, mas quem não tem aceitamos abraços e afetos, viva a arte de rua.
Evoé!

PROGRAMAÇÃO

ESPETÁCULOS

Dia 20/05 Segunda-feira

Escola Municipal Professor Vanderlei Rosa de Oliveira
09:30 Teatro Imaginário Maracangalha: A Tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha


Sinhá Rosinha quer casar, mas, como enfrentará o autoritário pai, o prepotente dom Cristóvão, o ex-namorado e seu apaixonado pretendente? Como escapará de um casamento forjado pelo dinheiro e viverá o seu amor desimpedido? Como diz sinhá Rosinha: “que se dane seu dinheirinho eu quero é o amor! ”. Uma farsa que exalta os valores como a independência, a arte e o amor.

Adaptação do texto de Federico Garcia Lorca
Direção: Fernando Cruz
Direção musical: Jonas Feliz
Atuadores: Pepa Quadrini, Ariela Barreto, Fernando Cruz, Fran Corona, Moreno Mourão e Paulo Augusto
Foto: Vaca Azul



Instituto Federal de Mato Grosso do Sul
15:15 Teatro Imaginário Maracangalha: Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno

O espetáculo narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, Tekoha, tem um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha faz da rua a representação tão sagrado aos guaranis.

Direção: Fernando Cruz
Dramaturgia: Fernando Cruz e atuadores
Atuadores: Fran Corona, Moreno Mourão, Paulo Augusto, Fernando Cruz e Ariela Barreto
Pesquisa: Patrícia Rodrigues
Alegoria: Lício Castro
Cenografia: Zéduardo Calegari Paulino
Figurino: Ramona Rodrigues
Preparação corpo em cena: Breno Moroni
Produtora e contra - regra: Ana Capilé
Foto: Danilo Vieira - FIT Rio Preto 2017
Designer gráfico: Maira Espíndola 
Assessoria de Imprensa: Carol Alencar Cozzati
Duração 50 min. /Classificação livre


Dia 23/05 Quinta-feira










11:00 - Cortejo de Abertura - Concentração Praça Ari Coelho [Centro].




Orla Morena - Teatro de Arena

19:00 CIA Arte Negus: Ambulante – Campo Grande/MS
Duas pessoas e a desafiadora rotina no universo do “ganha e perde”. Um local onde apenas o mais esperto sobrevive, e para isso é preciso sonhar, ser criativo, se portar como um sujeito matreiro, como um cowboy, um monge e encantar cobras e dragões. “Figura” e “Ououou” são vendedores ambulantes, perderam muito na vida e não querem perder a possibilidade de sonhar. Um é ex-paraquedista militar, o outro um herdeiro de uma longa e distinta linhagem de mascateiros. São opostos que se complementam, e vendem as histórias dos produtos de sua barraca ambulante, pedindo apenas alguns poucos minutos das vidas dos fregueses para que possam sobreviverem em suas próprias.


Direção: Abel Saavedra
Texto: Augusto Figliaggi e Elaine Guarani
Elenco: Augusto Figliaggi e Elaine Guarani
Figurino: Raquel Saldívia e Magê Blanques
Cenário e adereços: Abel Saavedra, Raquel Saldívia,
Elaine Guarani e Augusto Figliaggi
Cenotécnica e sonoplastia:Rafael Barros e Umberto Lima
Preparação Musical: Estela Ceregat
Trilha de abertura: "Venham Ver" - Augusto Figliaggi e
Elaine Guarani
Fotógrafo: Rosan Chaves
Música: «Segundo Quarto» - Estela Ceregat





20:00 Grupo Rosa dos Ventos: Fuzurufafa Bafafazuru – Presidente Prudente/SP


A trupe de palhaços resolve apelar para a alta tecnologia e leva para dentro do espetáculo artistas famosos evocados pelo publico. Fuzurufafa Bafafazuru é uma trama para o sucesso, cheio de surpresas, musicas e presepadas que são a marca do Rosa dos Ventos.
Uma espécie de "futuro do circo", que mistura drone monocóptero caseiro acoplado de projetor holográfico a mais grande excentricidade musical e coisas do sítio. Um espetáculo explosivo, capaz de despertar grandes emoções no público.

Elenco: Fernando Ávila (Dez pras Sete)
Luiz Paulo Valente (Seu Lavanco)
Tiago Munhoz (Custipíl de Pinoti)
Texto: Grupo Rosa dos Ventos
Direção: Grupo Rosa dos Ventos
Criação Musical: Grupo Rosa dos Ventos



Dia 24/05 Sexta-feira

Orla Morena - Teatro de Arena


19:00 Coletivo ClanDesTino: A Coragem que Conserva os Dentes – Dourados/MS

Os lugares são comuns, as situações cotidianas, os personagens se encontram em qualquer esquina. Todos iguais em suas contradições. De que lado você vai ficar? O Coletivo CLanDesTino propõe o enfrentamento público/personagem/ator de forma tragicômica. Na peça os personagens são representações sociais, alegorias do poder estabelecido em nossa sociedade, uma narrativa de desconstrução social. Parte-se de um mundo ideal, o conflito se estabelece através de metáforas que ressignificam a naturalidade das divisões sociais impostas no mundo contemporâneo.

Direção, figurino e maquiagem: Karla Neves
Dramaturgia: Igor Schiavo
Atuação: Eric Serafim, Igor Schiavo, Ludmila Lopes, Raíque Moura, Romário Hilário



20:00 Cia dOs Inventivos: Um Canto para Carolina – São Paulo/SP

Os irmãos João, José e Vera recebem de presente o primeiro exemplar da publicação do livro-diário “Quarto de despejo”, escrito por sua mãe, Carolina Maria de Jesus. Mergulhando no cotidiano registrado por ela, os filhos revivem suas histórias de luta por uma vida melhor. “O maior espetáculo do pobre da atualidade é comer”. Carolina Maria de Jesus.

Artistas criadores: Adilson Fernades, Aysha Nascimento, Marcos Di Ferreira e Tainã Azevedo 
Concepção e direção geral: Flávio Rodrigues
Dramaturgia em processo colaborativo com a Cia. dos Inventivos: Tadeu Renato



Dia 25/05 Sábado

Orla Morena - Teatro de Arena


17:30 Teatro&Cidade – Núcleo de Pesquisa Cênica: Seis Personagens à Procura de um Lugar – Belo Horizonte/MG

Ao anoitecer, em meio ao fluxo de pessoas e automóveis, seis estranhas figuras estão à procura de um lugar. À deriva, com seus poucos e precários pertences, se ocupam de tarefas inventadas para tentar manter-se ancorados numa realidade da qual parecem deslocados.

Direção: Rogério Lopes
Criação e dramaturgia: Coletiva
Atores Criadores: Diego Meneses, José Antônio de Almeida, Nayra Carneiro, Pedro Vilaça, Rikelle Ribeiro e Rogério Lopes
Figurino e adereços: Tereza Bruzzi e grupo
Fotografia e filmagem: Naum Produções
Workshop de caracterização: Mauro Gelmini
Workshop de Performance: Flávio Rabelo
Workshop de teoria teatral: Elisa Belém
Workshop de dança: Margô Assis
Workshop de capoeira: Gercino Alves
Workshop de Jogos teatrais: Fernando Linares


18:30 Brava Companhia: Show do Pimpão – São Paulo/SP
(Indicação Etária 12 anos)
Uma intervenção cênica (ou cínica) da Brava Companhia.
Numa localidade qualquer da periferia do capitalismo três miseráveis artistas se juntam para tentar arrecadar algum numerário que lhes garanta a refeição do dia.
Em tempos de crise, fazer graça com a própria desgraça foi a única alternativa que lhes restou como forma de sobrevivência. E se o show não lhes rende o suficiente para comer, ao menos o barulho das risadas do público ajuda a abafar o ronco dos seus estômagos vazios, e a tentar esquecer a própria desnutrição.
Seria trágico... Se não fosse cômico

Criação: Brava Companhia
Direção e Dramaturgia: Ademir de Almeida
Direção Musical: Joel Carozzi
Atores: Fábio Resende, Max Raimundo, Márcio Rodrigues
Figurinos: Cris Lima, Márcio Rodrigues, Rafaela Carneiro
Cenário: Joel Carozzi, Márcio Rodrigues, Sérgio Carozzi
Design Gráfico: Ademir de Almeida
Fotos: Fábio Hirata, Fernando Solidade
Produção: Kátia Alves



26/05 Domingo

Orla Morena - Teatro de Arena

17:00 Teatral Grupo de Risco: Revolução – Campo Grande/MS

Um espetáculo de rua com adaptação do texto “A Revolução na América do Sul” (de Augusto Boal). Desenrola a história de um operário que busca melhoria de salário e ao conseguir é despedido de seu emprego. Zequinha Tapioca, também operário, tenta organizar uma revolução e se torna um dos candidatos a presidência da república. No país, é ano eleitoral. Conchavos políticos e midiáticos são travados enquanto José da Silva e sua mulher tentam sobreviver e alimentar 11 crianças. Disputa de poder. Miséria. Ganância. O retrato desastroso de uma pátria combalida e conspurcada. Com irreverência e graça o elenco encena o espetáculo que provoca o riso e a indignação. Revolução, uma peça para rir, refletir e agir.

Direção: Coletiva –Teatral Grupo de Risco
Produção: Coletiva
Elenco: André Tristão, Ewerton Goulart, Fernanda Kunzler e Yago Garcia
Cenário: Márcia Gomes
Adereços: O grupo
Figurinos: O grupo
Arte visual/Fotos: Helton Perez –Vaca Azul
Texto original: Augusto Boal adaptado pelo Teatral Grupo de Risco



18:00 Cia Os Palhaços de Rua: Vikings e o Reino Saqueado – Londrina/PR

Os palhaços Batata Doce e Turino estão agora imersos na cultura Nórdica, se apresentam como atrapalhados guerreiros Vikings voltando a seu reino após terem realizado grandes viagens e desastrosas batalhas pelo mundo. Ao chegarem a seu reino se deparam com sua rainha destituída e o trono tomado por Duques. O desafio dos Palhaços-Vikings é retirar os Duques do poder e devolve-lo para o povo. Para isso, vão se utilizar de suas ferramentas circenses construindo um espetáculo de circo e teatro de rua junto ao público.

Palhaços-Vikings: Adriano Gouvella e Lucas Turino
Direção: Cia. Os Palhaços de Rua
Dramaturgia: Cia. Os Palhaços de Rua
Figurino e adereços: Alex Lima
Maquiagem: Cia. Os Palhaços de Rua
Cenário: Alex Lima, Caio Blanco e Cia. Os Palhaços de Rua
Sonoplastia: Cia. Os Palhaços de Rua
Arte Gráfica: Dovinho Feitosa
Pintura do caixote e estandarte: Dani Stegman
Costureiras: Inêz Zeidel e Sueli Pezenti
Produção: Adriano Gouvella


OFICINAS
Dia 21/05 Terça-feira
14:00 – 16:00 Oficina de Circo do Rosa dos Ventos – Presidente Prudente/SP
Perna de Pau, malabarismo e acrobacias, bambolê, uma grande brincadeira circense proposta pelos integrantes do grupo Rosa dos Ventos para a diversão dos participantes. O objetivo é promover momentos agradáveis onde as dificílimas habilidades circenses possam ser experimentadas de forma lúdica e descontraída. Equilíbrio, coordenação motora, reflexo, experimentados como uma brincadeira, uma festa! Esta proposta é fruto do trabalho e reflexões do Grupo Rosa dos Ventos sobre experiências com a linguagem circense vivenciadas durante os 20 anos de atividades do grupo.
Dia 22/05 Quarta-feira
14:00 – 16:00 Oficina de Circo do Rosa dos Ventos – Presidente Prudente/SP

Dia 23/05 Quinta-feira
14:00 – 17:00 Oficina de Iniciação Circense da Cia Os Palhaços de Rua – Londrina/PR
A oficina “O Circo na comunidade: apresentação de exercícios técnicos e artísticos para primeiro contato com a linguagem circense” visa apresentar a tradicional arte do circo através de exercícios técnicos e jogos, individuais e coletivos. Concebida para todas as idades, a oficina apresentará alguns fundamentos de números circenses, tais como: acrobacias de solo, malabarismos e esquetes de palhaço; sendo exibidos os princípios de elementos técnicos que compõem o fazer circense. A oficina visa o encontro entre público e artistas na dinâmica de uma experiência que envolve educação e arte.
Dia 24/05 Sexta-feira
14:00 – 17:00 Oficina de Iniciação Circense da Cia Os Palhaços de Rua – Londrina/PR

Dia 25/05 Sábado
14:00 – 16:00 Oficina do Coletivo CLanDesTino – Dourados/MS Vivências CLanDesTinas – Corajos(e)s Uni-vos!!
O Coletivo CLanDesTino ao longo dos anos caracterizou-se por desenvolver oficinas teatrais em que pode compartilhar experiências de seus processos criativos. Na oficina propomos uma vivência na metodologia de trabalho do grupo e das propostas que são trabalhadas ao longo do processo de A coragem que conserva os dentes, exploramos elementos da Estética do Oprimido e da relação entre imagem, som e palavra, técnicas de teatro de rua e teatro dialético sob a temática das relações de violência, exploração, ódio e divisão social explicitadas na atual conjuntura das sociedades contemporâneas.
Público alvo: pessoas interessadas em teatro.


SEMINÁRIO
Dia 25/05 Sábado
Sede do Teatro Imaginário Maracangalha: Rua Nicolau Fragelli nº86

20:00 Seminário: A.tu.ação de Rua: Poéticas e Política Callejeras.
O Sujeito político na ação política, como se dá a ação e a atuação nos processos de criação e trabalho atorial para cenas de teatro nas ruas e performance com ativismo político na vida da cidade? A partir da vivência e observação tanto no campo artístico, como no campo da pedagogia, através de pesquisas acadêmicas, programas sociais, e oficinas dialogaremos sobre os caminhos possíveis por uma arte que não seja mercadoria.

Mediação: Prof. Dr. Leandro Mendonça Barbosa Graduado em História pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás. Doutor em História Antiga pela Universidade de Lisboa. Líder do Grupo de Pesquisa Cultura e Poder na Antiguidade e Medievo e integrante do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano, da Universidade de São Paulo. Autor do livro De Selvagem a Efeminado: as representações de Dioniso no imaginário ático, e de diversos artigos sobre dionisismo, cortejos, festas na Antiguidade e Mitologia.

COM A PALAVRA:
Prof.ª Dr.ª Dora Andrade –  Bailarina e pesquisadora, doutora em Artes da Cena pela Unicamp. Atualmente é professora do Curso de Licenciatura em Artes Cênicas da UEMS, e integrante do Núcleo Fuga!, grupo de experimentação transdisciplinar que explora contaminações poéticas entre as linguagens do teatro, da dança e da performance, sob a coordenação de Renato Ferracini, do LUME Teatro/ Unicamp.

Atriz/ Educadora popular Fernanda Kunzler – atriz, educadora popular, Pós graduada em “Democracia Participativa, República e Movimentos Sociais”, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e, em “Estado, Gestão e Políticas Públicas”, Fundação Perseu Abramo/Santo André/SP/2015-2016. Mestranda em Comunicação – Mídia e Representação Social na linha Linguagens, Processos e Produtos Midiáticos. Desde 2002, atua na área teatral como produtora e atriz no Teatral Grupo de Risco (MS), colaborando com diversos projetos históricos culturais de pesquisa e desenvolvimento da identidade sul-mato-grossense.

Prof. Ms. Igor Schiavo – Cofundador, ator e dramaturgo do Coletivo CLanDesTino (2003), sediado inicialmente em Curitiba e posteriormente em Dourados, Mato Grosso do Sul. É professor no Curso de Artes Cênicas, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e doutorando em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia - UFBA, sob a orientação do Prof. Dr. Fabio Dal Gallo, com pesquisa na área de teatro de rua.

Prof. Dr. Rogério Lopes – Professor do Teatro Universitário da UFMG. Doutor em Artes Cênicas pela UNICAMP (2011), com estágio de doutoramento de doze meses no ISCTE-Lisboa/Portugal (2009) e graduado em Antropologia pela UFMG (2001). É ator e diretor teatral, tendo dirigido o grupo Peripécias Teatrais de Belo Horizonte por 12 anos, com destaque para a pesquisa realizada com máscaras populares, o teatro de rua e a coordenação de projetos de arte-educação para crianças e adolescentes de vilas e favelas. coordena o Teatro&Cidade – Núcleo de pesquisa cênica do TU desde 2013.

Prof. Dr. Tom Conceição – Intérprete-criador, Encenador e Professor. Doutor em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia - UFBA (2016), Mestre em Artes pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2011). Possui pesquisas centradas na trajetória e nas práticas do Teatro de Rua no Brasil, nas Manifestações da Cultura Popular Brasileira e nas Estéticas e Poéticas Negrorreferenciadas na Cena Contemporânea.



Dia 26/05 Domingo






FESTA!!!

20:00 Rendivu - Ziriguidum Telecoteco Balacobaco
Performances, música, e diversão!!!
Discotecagem: Maíra Espíndola

Local: Boteko [Rua Camapuã nº 71 Bairro Amambaí]











INVESTIMENTO
Prefeitura de Campo Grande
Programa de Fomento ao Teatro [FOMTEATRO/2018] da Secretaria de Cultura e Turismo de Campo Grande (SECTUR)


APOIO
Governo do Estado de Mato Grosso do Sul
Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul
Escola Municipal Professor Vanderlei Rosa de Oliveira


quarta-feira, 10 de abril de 2019

MARACANGALHA no IPÊRFORMÁTICO


O Teatro Imaginário Maracangalha apresenta a performance "Corpus Presente"
Carne, corpo, produto – de o latin consumir do grego devorar. Ambos significados podem ser metáforas do corpo/carne contemporâneo feito para ser consumido como mercadoria mediado pelo Estado, a família, a religião a serviço do capital. Esse Corpo/carne/produto revestido também de produtos/roupas/acessórios muitas vezes próximo outras vezes distantes da sua realidade e desejos. Entre o profano e o sagrado desfilam pelas ruas cotidianamente. Hora ocultando a violência feita de opressão e manipulação, hora desvelando desejos conforme seu momento e local.
A performance itinerante percorre as ruas e sua arquitetura dialogando e expondo às relações entre o corpo fabricado e o corpo presente, suas máscaras e seu corpos encobertos desvelando um ser vivo e autentico. Criando vitrines em movimento que expõem o corpo. Numa experiência elástica entre a vida e o comércio. O que consumimos, o que nos consome, o que nos tornamos. O que somos no presente.

Foto: Sátiro Art Fotografia

segunda-feira, 1 de abril de 2019

CARTA PÚBLICA DE REPÚDIO À “COMEMORAÇÃO” DO GOLPE DE 1964

CARTA PÚBLICA DE REPÚDIO À “COMEMORAÇÃO” DO GOLPE DE 1964,
RECOMENDADA PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ÀS FORÇAS ARMADAS

DITADURA NÃO SE COMEMORA!

As entidades, movimentos, coletivos e demais representações da sociedade civil abaixo assinadas vêm a público repudiar a recomendação do presidente da República para que as Forças Armadas “comemorem” o golpe perpetrado no dia 1º de abril de 1964, falsamente caracterizado pelos que assaltaram o poder através da força bruta e pelos revisionistas da história como uma “revolução democrática” que “salvou” o Brasil de um fantasioso “perigo vermelho”, difundido deste jeito para gerar medo na população e mover parte dela contra um governo liderado por um presidente constitucional que jamais cogitou fazer revolução, mas tão somente, com muita demora e cautela, realizar Reformas de Base que há muito tempo o povo brasileiro clamava (e ainda clama).

Soa ameaçadora tal recomendação, pois partiu logo de um presidente da República eleito pelo voto popular e que jurou cumprir a Constituição, que em seu artigo 1º declara ser a República Federativa do Brasil um “Estado Democrático de Direito”. Até a data escolhida, o que não é de hoje, é uma falácia. Sabe-se que o uso do aparato de guerra pelas Forças Armadas para depor por meio violento o então presidente constitucional do país, João Goulart, foi deflagrado na data de 31 de março de 1964, mas só no dia seguinte, a 1º de abril, no popular Dia da Mentira, que o golpe de Estado se realizou efetivamente. Talvez tenham antecipado a data oficial de sua funesta comemoração para fugir da data real, pois esta realmente foi o dia da vitória de uma grande mentira que enganou o povo não apenas quanto aos seus motivos, como também no que se refere aos seus propósitos.

Que “revolução democrática” foi essa que rompeu de modo violento e antidemocrático a ordem constitucional para depor um presidente legítimo? Que deixou o povo sem votar para presidente de 1964 a 1989, ou seja, por longos 25 anos? Que tolheu liberdade individuais e coletivas? Que praticou violações sistemáticas aos direitos humanos e cometer crimes internacionais? Que perseguiu não apenas militantes de conhecidas organizações políticas de esquerda, mas todos os que expressavam posições contrárias ou mesmo apenas ponderavam qualquer coisa sobre o regime? Que salvação da democracia foi essa, na qual, já antes, mas principalmente depois do Ato Institucional nº 5 (AI-5), de 13 de dezembro de 1968, o terror contra opositores e dissidentes, dos mais diversos segmentos e classes sociais, foi elevado a status de política de Estado?

Durante a ditadura, independentemente de suas posições políticas e ideológicas, religiosos, professores, pesquisadores, intelectuais estudantes, parlamentares, ativistas, líderes de movimentos sociais, artistas, escritores, jornalistas, camponeses, indígenas, militantes partidários, sindicalistas, empresários, LGBTs, negros, mulheres, crianças, até mesmo bebês, todos, até mesmo militares (os legalistas) que foram alvo de qualquer tipo de desconfiança dos agentes da repressão,  acabaram brutalmente perseguidos, cassados, desmoralizados, inviabilizados profissional e financeiramente, presos, torturados, mortos, desaparecidos e/ou obrigados a partir para o exílio, viver longe de sua Pátria. Muitos que apoiaram o golpe, na sociedade ou nos altos postos do Estado, também padeceram sob o terrorismo oficial.

Suspenderam liberdades individuais, intervieram nos sindicatos, fecharam entidades estudantis, extinguiram partidos políticos, manietaram o legislativo, bem como cercearam as liberdades de expressão de opiniões, de imprensa e artística, esta através da censura prévia e até de formas mais agressivas, entre outras atrocidades. A corrupção foi praticada desbragadamente, das mais diversas formas, sob o poder do tacão. Não é preciso nem dizer os riscos que corriam os que ousassem expor casos de corrupção nos altos escalões do regime tirânico, fossem eles jornalistas ou órgãos da imprensa, integrantes do sistema de poder ou qualquer cidadão. Mesmo assim, muitos casos conhecidos vieram à tona.

Mas não apenas as instituições, as liberdades civis individuais e coletivas, a moralidade pública e os direitos humanos foram degradados. No saldo, apesar do “Milagre Econômico” do II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), quando aquela ordem autoritária começa a se mostrar irreversivelmente moribunda, o quadro social e econômico já era desastroso. Diziam que era preciso fazer crescer o bolo, para depois dividir. O bolo cresceu, mas ficou nas mãos de uma minoria rica de dentro e de fora do país. A dívida externa cresceu exponencialmente, inviabilizando nossa independência e vulnerabilizando nossa economia. Com isso, esgotou-se já no fim dos anos 70 o ciclo de desenvolvimento iniciado em 1930.

Como se sabe, vieram depois as chamadas “duas décadas perdidas”, o que aumentou a  nossa tragédia social e nacional. No campo, para a maioria dos poucos que lá ficaram, só sobrou trabalho degradante e miséria. Os grandes fluxos que partiram dos interiores e da zonas rurais para as periferias das grandes cidades, tivera que viver em situação precária, sem moradia decente, sem saneamento básico, sem acesso a serviços públicos essenciais e infraestrutura urbana, trabalhando na informalidade, com o salário arrochado ou desempregado, debaixo da carestia. Fome, miséria, violência, repressão, morte é o que a ditadura deixou para dezenas de milhões de brasileiros pobres.

Portanto, entendemos que não apenas não há nada a comemorar, como a comemoração dessa “página infeliz da nossa história” por integrantes das estruturas do Estado configura ultraje gravíssimo à consciência democrática e às leis que determinam constituirmos uma justiça de transição no Brasil, de maneira a conferir efetividade ao direito à memória, à verdade e à justiça, questões já consignadas no direito pátrio e no direito internacional. Quem comemora ou incita a comemorar um golpe que já foi considerado como tal pelo próprio Estado brasileiro, assim como o foram as violações de direitos humanos cometidas por agentes estatais ou mesmo da sociedade sob a influência daquela “ordem” anômala, no mínimo deseja repetir ou está querendo arrastar outros setores a rumarem por uma “estrada perigosa”, como bem asseverou o atual presidente da OAB.

Já advertiu em nota pública a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (PFDC/MPF) que “transcorridos 34 anos do fim da ditadura, diversas investigações e pesquisas sobre o período foram realizadas. A mais importante de todas foi a conduzida pela Comissão Nacional da Verdade – CNV –, que funcionou no período de 2012 a 2014”. A CNV foi instituída pela Lei 12.528/2011 com a finalidade de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período fixado no art. 8º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Seu relatório representa a versão oficial do Estado brasileiro sobre aqueles acontecimentos. Juridicamente, nenhuma autoridade pública, sem fundamento sólido e transparente, pode atentar contra as conclusões da CNV, dado o seu caráter oficial. A CNV confirmou que o Estado ditatorial brasileiro praticou crimes graves de lesa-humanidade. Pelo direito, não existe a chamada teoria dos “dois demônios”, ou seja, aquela retórica marota dos “dois lados” combatendo com paridade de armas e ambos cometendo excessos que justificam a violência de parte a parte. Se houve “dois lados”, um foi o do Estado violando direitos humanos e liberdades; o outro lado foi o lado de suas vítimas.

Prosseguindo, ainda conforme a nota da PFDC/MPF, e repetindo, também à luz do direito penal internacional os ditadores brasileiros cometeram crimes contra a humanidade. A própria Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) fez tal reconhecimento quando julgou o caso Vladimir Herzog, em 2018, o mesmo podendo ser afirmado sobre o entendimento da Procuradoria Geral da República, quando se manifestou na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n° 320 e outros procedimentos em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF). Importante enfatizar que, se fossem cometidos atualmente, receberiam grave reprimenda judicial, inclusive do Tribunal Penal Internacional, criado pelo Estatuto de Roma em 1998 e ratificado pelo Brasil em 2002.

Ainda considerando os contundentes e certeiros argumentos da PFDC/MPF, “se repetida nos tempos atuais a conduta das forças militares e civis que promoveram o golpe, seria caracterizada como o crime inafiançável e imprescritível de atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático previsto no artigo 5°, inciso XLIV, da Constituição de 1988. O apoio de um presidente da República ou altas autoridades seria, também, crime de responsabilidade (artigo 85 da Constituição, e Lei n° 1.079, de 1950). Em se confirmando essa interpretação, o ato se reveste de enorme gravidade constitucional, pois representa a defesa do desrespeito ao Estado Democrático de Direito”. Torna ainda mais grave o fato a utilização da estrutura pública para fazer apologia e celebrar crimes constitucionais e internacionais, pois atenta contra princípios básicos da administração pública, podendo o ato ser enquadrado como de improbidade administrativa, conforme o artigo 11 da Lei n° 8.429, de 1992.

Em lugar de se comemorar essa “página infeliz da nossa história”, os fatos gravíssimos e danosos nela escritos de modo doloroso com letras de sangue deviam, sim, serem alvo de apuração, visando à verdade histórica e à justiça para reparar vítimas e familiares. O Brasil não precisa de comemoração a atos de violência. Necessita de respeito à sua soberania, de desenvolvimento, de cultura, arte, ciência, tecnologia, preservação ambiental, educação de qualidade, saúde para todos, segurança cidadã, geração de emprego e renda. Precisa de mais liberdade, mais democracia, não de menos, não de retrocesso, de volta ao passado.

Os militares cientes de sua missão institucional de salvaguardar a soberania e as riquezas da nação, merecem respeito. Já tivemos, e temos, militares legalistas, inclusive de alta patente, que, como já citado nesta carta, foram vítimas de violação de direitos humanos. Não podem, como foram da outra vez, serem arrastados para a intervenção na ordem interna do país. Em 1964, como agora, se sentem mãos de fora juntas com as de de dentro tentando empurrar outros a aventuras que podem até não ter êxito, mas que podem causar danos de monta. Naquela época, através da Embaixada dos EUA no Brasil, conforme documentos e gravações que os próprios estadunidenses revelaram 50 anos depois, fez organismos estatais forâneos atuarem diretamente em conluio com setores locais importantes naquele triste episódio, que virou uma longa noite.

Relembremos com pesar, mas com disposição de luta, essa história!

Para que ninguém mais esqueça, para que nunca mais de novo aconteça!

Democracia Sempre!

Ditadura Nunca Mais!

ASSINAM:

Comitê Memória, Verdade e Justiça de MS - CMVJ/MS
Juristas pela Democracia
Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania de MS - ADJC/MS
Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares RENAP - MS
Frente Jornalistas Pela Democracia MS
Comissão Regional de Justiça e Paz De Mato Grosso do Sul – CRJPMS
Centro de Defesa dos Direitos Humanos- CDDH - Marçal de Souza Tupã-i
Grupo TEZ Trabalhos, Estudos Zumbi
Rede de Educação Cidadã
Frente Brasil Popular de MS
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de MS –CTB/MS
Central Única dos Trabalhadores de MS – CUT/MS
Mulheres Pela Democracia MS
União Brasileira de Mulheres de MS – UBM/MS
Movimento de Mulheres Dorcelina Folador
Mulheres da Frente Brasil Popular de MS
Fórum Estadual de Mulheres Negras de MS
União Nacional dos Estudantes – UNE
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES
Diretório Central Das e Dos Estudantes da UFMS - DCE/UFMS
Centro Acadêmico de Pedagogia Fabiany Silva
União da Juventude Socialista de MS - UJS/MS
Coletivo RUA - Juventude Anticapitalista
Comissão Pastoral da Terra – CPT
Coletivo Terra Vermelha - CTR
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra de MS– MST/MS
Fundação Maurício Grabois (PCdoB)
Fundação Perseu Abramo (PT)
Fundação Astrojildo Pereira (PPS/Cidadania23)
Fundação João Mangabeira (PSB)
Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (PSOL)
Cordão Valu
Teatro Imaginário Maracangalha
Teatral Grupo de Risco – TGR
Urgente Cia.
Coletivo de Cultura Arnaldo Romero
Politize-se
Coletivo (R) existência
Sinasefe-MS
Grupo de Pesquisas: “Casa da Vovó, Morada do Lobo Mau: estudos sobre modelos autoritários, ditaduras e outras formas de indignidade”
Movimento Acredito de MS
Flor e Espinho Teatro.