segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Rede Brasileira de Teatro de Rua - Campo Grande/MS

REDE BRASILEIRA DE TEATRO DE RUA
Carta de Campo Grande/MS
28 de Novembro de 2010
A Rede Brasileira de Teatro de Rua - RBTR, criada em março de 2007, em Salvador/Bahia, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os grupos de teatro, artistas-trabalhadores, pesquisadores e pensadores envolvidos com o fazer artístico da rua, pertencentes a RBTR podem e devem ser seus articuladores para, assim, ampliar e capilarizar, cada vez mais reflexões e pensamentos, com encontros, movimentos e ações em suas localidades.
O intercâmbio da Rede Brasileira de Teatro de Rua ocorre de forma presencial e virtual, entretanto toda e qualquer deliberação é feita nos encontros presenciais, sendo que seus articuladores farão, ao menos, dois encontros anuais de forma rotativa de maneira a contemplar todas as regiões brasileiras, valorizando as necessidades mais urgentes dentro do país. Os articuladores de todos os Estados, bem como os coletivos regionais, deverão se organizar para garantir a participação dos encontros, além da continuidade dos trabalhos iniciados nos Grupos de Trabalhos (GT´s) criados no Oito Encontro, a saber: 1) Táticas de utilização dos espaços públicos; 2) Criação da Lei Programa de Fomento ao Teatro de Rua do Brasil; 3) Desburocratização e Prestação de Contas dos editais.
A Rede Brasileira de Teatro de Rua reunida em Campo Grande- MS, de 24 a 28 de novembro de 2010, em seu 8º Encontro reafirma sua missão de:
· Contribuir para o desenvolvimento do fazer teatral de rua no Brasil e na América Latina, possibilitando as trocas de experiências artísticas e políticas entre os articuladores da rede;
· Criar a lei federal que instituirá o Programa de Fomento ao Teatro de Rua do Brasil e lutar por outras políticas públicas culturais com investimento direto do Estado por meio de fundos públicos de cultura, garantindo assim o direito à produção e ao acesso aos bens culturais a todos os cidadãos brasileiros;
· Lutar por uma regulamentação do uso dos espaços públicos abertos, nas esferas municipais, que garanta o livre acesso à prática artística, considerando as especificidades dos diversos segmentos das artes cênicas e respeitando o artigo 5° da constituição brasileira*.
· Reafirmar a necessidade por um mundo socialmente justo e igualitário que respeite as diversidades regionais.
Os articuladores da Rede Brasileira de Teatro de Rua, com o objetivo de construir políticas públicas culturais mais democráticas e inclusivas, defendem:
· Ampliar o recurso do FIC (Fundo de Investimento Cultural do estado do Mato Grosso do Sul), que é o mais baixo do país, para 1,5% garantindo uma porcentagem específica para o teatro de rua.
· A criação da Lei que instituirá o Programa de Fomento ao Teatro de Rua do Brasil que contempla: produção, circulação, formação, trabalho continuado, registro e memória, manutenção, pesquisa, intercâmbio, vivência, mostras e encontros de teatro de rua, levando em consideração as especificidades de cada região (ex: custo amazônico); A verba para o Programa virá por meio do financiamento direto do Estado e recursos do pré-sal, através dos Fundos Setoriais já constituídos, constando como item orçamentário da União;
· Debater e criar junto ao poder público, marcos legais nacionais para plena utilização dos espaços públicos abertos, extinguindo todas e quaisquer cobranças de taxas, bem como a excessiva burocracia para as apresentações de artistas-trabalhadores, grupos de rua e afins, garantindo assim, o direito de ir e vir e a livre expressão artística, em conformidade com o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira;
· Quanto aos prédios passíveis de serem considerados de utilidade pública e que não cumprem sua função social, construir, adequar, equipar para atividades teatrais como: espaços para ensaio, atividades formativas, para sedes de grupos que desenvolvam ações continuadas, para apresentações e atividades afins.
· Impedir a comercialização ou uso do espaço público por eventos de grande porte que impeçam a atividade dos outros trabalhadores da rua, visto que a rua é um espaço democrático, livre e de todos os cidadãos. A adequação técnica e arquitetônica destes espaços como equipamentos culturais (sedes públicas), para atividades artísticas, levando em conta as especificidades dos diversos segmentos das artes cênicas.
· Que os editais federais sejam publicados no primeiro trimestre de cada ano com maior aporte de verbas, liberadas sem atrasos, respeitando os prazos estipulados pelo edital e que seja publicada a lista de projetos contemplados e suplentes, e a divulgação de parecer técnico de todos os projetos avaliados pela comissão.
· Que os editais sejam estruturados e divididos, pensando as realidades de cada Estado, como foi realizado até 2007, e que sejam criadas comissões igualmente regionalizadas e indicadas pelos movimentos artísticos organizados de cada região, bem como a criação de mecanismos de acompanhamento e assessoramento dos artistas-trabalhadores e grupos fazedores das artes cênicas da rua;
· A representação do teatro de rua nos colegiados setoriais e conselhos das instâncias Municipal, Estadual e Federal;
· A aprovação e regulamentação imediata da PEC 150/03 (atual PEC 147), que vincula para a cultura, o mínimo de 2% do orçamento da União, 1,5% no orçamento dos estados e Distrito Federal e 1% no orçamento dos municípios;
· Reformulação da lei 8.666/93 das licitações, convênios e contratos, com a criação de um capítulo específico para as atividades artísticas e culturais, que contemple nas alterações, a extinção de todas e quaisquer formas de contrapartida, considerando que o trabalho artístico de rua já cumpre função social.
· A extinção da Lei Rouanet e de quaisquer mecanismos de financiamentos que utilizem a renúncia fiscal, por compreendermos que a utilização da verba pública deve se dar através do financiamento direto do Estado, por meios de programas e editais em formas de prêmios elaborados pelos segmentos organizados da sociedade;
· Exigimos o apoio financeiro contínuo do MINC/Funarte aos Encontros Nacionais e Internacionais de Teatro de Rua, tendo como foco a América Latina, no valor equivalente ao montante que é repassado àqueles realizados pela Associação dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil e que as estatais contemplem com equidade, em seus editais, o teatro de rua, respeitando o critério de regionalização;
· A imediata contratação de um convênio, com MINC e FUNARTE, para o ano de 2011, para realização do IX e do X Encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua.
· Que seja incluído dentro das Universidades, instituições de ensino e escolas técnicas, matérias referentes ao estudo do Teatro de Rua, da Cultura Popular Brasileira e do teatro da América Latina.
· A valorização e financiamento das publicações e estudos de materiais específicos sobre teatro de rua e manifestações da cultura popular e sua distribuição, respeitando sua forma de saber enquanto registro.
· Que o MINC realize uma reforma na diretoria de Artes Cênicas da FUNARTE, transformando as atuais coordenações em diretorias setoriais de Teatro, Circo e Dança.
· Inclusão dos programas setoriais nos mecanismos do Procultura;
O Teatro de Rua é um símbolo de resistência artística, comunicador e gerador de sentido, além de ser propositor de novas razões no uso dos espaços públicos abertos. Assim, instituímos o dia 27 de março, dia mundial do teatro e dia nacional do circo, como o dia de mobilização nacional por políticas públicas, e conclamamos os artistas- trabalhadores, grupos de rua e afins e a população brasileira a lutarem pelo direito à cultura e à vida.
Reunidos nestes cinco dias, ficou decidida a localidade do próximo encontro, que será sediado na cidade de Arco Verde, no Estado de Pernambuco, na região nordeste, no mês de maio de 2011.
“A poesia não compra sapato, mas como andar sem poesia”
Emmanuel Marinho – poeta sul matogrossense
28 de novembro de 2010
Campo Grande- MS
Rede Brasileira de Teatro de Rua
Blog do VIII Encontro

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

VIII Encontro da RBTR em Campo Grande/MS

Programação do VIII Encontro da RBTR

Dia 24
12h Almoço
16h CortejoRoteiro: FESMAT »» Via Morena »» Fernando Correa »» R.14 »» R. Barão »» R.13 »» Pça Ary Coelho.
17h Apresentação “O Palhaço no 1/2 da Rua”, Circo do Mato – Grupo de Artes Cênicas, MS.Local: Pça Ary Coelho
20h Jantar
21h Abertura Oficial do EncontroLocal: Templo (sede Flor e Espinho Teatro)- Intervenção Poética com Emmanuel Marinho, MS- Lançamento do Livro “Teatro de Rua no Brasil” de Licko Turle, RJ- Confraternização de Abertura.


Dia 25
09h às 11h30 Apresentação dos grupos participantes e construção da pauta do Encontro.Local: Sede do Circo do Mato.
12h Almoço
13h30 Roda de Conversa
16h30 Apresentação – “A Princesa Engasgada” - Teatral Grupo de Risco, MS.Local: Pça Ary Coelho.
18h Apresentação “O Básico do Circo”, Núcleo Pavanelli, SP.Local: Pça Ary Coelho.
20h30 JantarEspaço troca-troca, onde os grupos apresentam suas produções.Local: FESMAT

Dia 26
9h às 11h30 Roda de ConversaLocal - Sede do Circo do Mato
12h Almoço
14h Roda de ConversaLocal: FESMAT

16h30 Apresentação “Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno” – Grupo Teatro Imaginário Maracangalha, MS.Local: Pça Ary Coelho
17h30 Apresentação “Vale dos Sentidos” – Grupo Tibanaré, MT.Local: Pça Ary Coelho.
20h30 Jantar
GTsü  Núcleo de pesquisadoresü  Estéticasü  Sustentabilidadeü  Outros a serem sugeridosü 

Dia 27
9h Apresentação “El Magnífico Duelo” Grupo Desnudos Del Nombre, MS.Local: Calçadão da Barão
10h Apresentação “A festa da Rosinha Boca Mole...” - Grupo Mamulengo da Folia, PELocal: Calçadão da Barão

12h Almoço
13h30 Roda de conversa e encaminhamentos.Local: FESMAT
17h Apresentação “Sob Controle” – Grupo Flor e Espinho Teatro, MS.Local: Pça Ary Coelho
21h Show música/contramúsica – Tom ZéLocal: Centro de Convenções Albano Franco


Dia 28
10h às 12h Roda de TereréLocal: Pça do Horto FlorestalCriação da Carta de campo Grande
12h Almoço
14h às 18h Roda de TereréLocal: Pque das Nações IndígenasFinalização da Carta, Cortejo e leitura pública da carta

19h40 Confraternização PantaneiroLocal: FESMAT

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

4° FestCamp - Tekoha compõe programação!

Começou nesta semana o 4° FestCamp - Festival Nacional de Teatro de Campo Grande. Durante os dias 6 a 15 de Agosto, vários espetáculos serão apresentados nas Praças Ary Coelho e Rádio Clube, onde um lona de circo foi montada, e nos teatros Aracy Balabanian e Glauce Rocha, além das escolas e ruas da Capital.
Para acompanhar a programação completa, acesse:
http://festcamp.blogspot.com




Dia 11, às 16h, o nosso espetáculo, Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno, sairá às ruas para, mais uma vez, contar a história do Guerreiro dos Lábios de Mel, Marçal de Souza. A peça passou por algumas alterações, agora, Fernando Cruz, diretor do grupo, também entra em cena. Venha conferir!Esperamos todos na Praça Ary Coelho!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

"Contos da Cantuária" arranca risos e aplausos do público trazendo lições medievais à atualidade

A arena foi formada na tarde de ontem (29) na Praça da Liberdade de Bonito, por crianças, jovens e adultos, que ouviram a competição de contos do grupo “Teatro Imaginário Maracangalha”. Durante a apresentação no 11º Festival de Inverno de Bonito, a interação com o público foi cheia de emoção com as risadas gostosas daqueles pequeninos que descobrem a expressão teatral. O texto era medieval mas o público pôde perceber que temas do passado tranquilamente podem ser abordados na contemporaneidade.

O autor da peça, Geoffrey Chaucer, nascido em Londres por volta de 1340, revela uma análise profunda da natureza humana, realizada com muito humor e simpatia. A encenação conta à história de vários peregrinos que pretendem visitar o túmulo de Santo Tomás Becket de Canterbury e se reúnem por acaso na taverna do Tabardo. O taverneiro sugere que cada um conte uma história, prometendo um belo jantar ao melhor narrador.
“Contos da Cantuária” é dirigido pelo ator e diretor Fernando Cruz que utilizando de diversos tipos de espaços para representação, investiga a arte teatral, discutindo e construindo conceitos através de diálogos estéticos.Busca as diversas possibilidades destes espaços e linguagens que levam em conta forma e conteúdo que possam interferir no cotidiano das pessoas, tornando o palco e a rua um local de observação e exploração quanto à pesquisa e expressão.

Fernando Cruz é formado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, participou de diversos cursos teatrais em Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Atuou em várias peças no Estado, como “Histórias Indígenas” e “Amor por Anexins”, além de ministrar cursos e dirigir várias peças. Fez cinema participando como ator do filme “Brava Gente Brasileira” e fez a preparação de elencos do filme “Paralelos”. Atualmente é diretor do Teatro Imaginário Maracangalha e preside a Cia. das Artes que é uma sociedade que reúne profissionais de diversas áreas com o intuito de pesquisar o universo das artes, produzir peças teatrais, shows musicais, exposições, ministra oficinas e workshops. Mantém um ateliê onde pesquisa, cria e elabora seus cenários, figurinos, bonecos e adereços, que são utilizados em suas produções, e também na elaboração de “ferramentas” pedagógicas para auxiliar os profissionais em Educação.


Fonte: Site 11° Festival de Inverno de Bonito
Gisele Colombo

segunda-feira, 12 de julho de 2010

segunda-feira, 28 de junho de 2010

TEKOHA - vídeo

Vídeo produzido pela equipe do Ibiss/Co - Instituto Brasileiro de Inovações Pró - Sociedade Saudável.

http://www.ibiss-co.org.br/site/noticiaVer/193/


quarta-feira, 2 de junho de 2010

" Um grito no silêncio de injustiça"

A semana de estreia do espetáculo TEKOHA chegou ao fim nesta segunda-feira(31), na Aldeia Urbana Marçal de Souza. A última apresentação foi marcada pela participação da comunidade, em especial, das crianças que puderam conhecer, através do teatro de rua, a vida deste líder indígena que deu nome a aldeia.







Durante o fim de semana, o Teatro Imaginário Maracangalha, passou por 4 localidades; nas aldeias Água Bonita, Darci Ribeiro e Marçal de Souza, além da apresentação no centro da cidade, na praça Ari Coelho. Muitas foram as impressões, diferentes conforme o público.



O Deputado Estadual Pedro Kemp - que assistiu a apresentação na noite de segunda - conta que quando foi presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos - Marçal de Souza (CDDH), durante o julgamento dos acusados do assassinato, a entidade saiu em manifestação pelo fim da impunidade, cobrando providências ao caso. "A nossa população ainda é carente de informações, não tem acesso, às vezes o que vem, chega de forma distorcida. O teatro reaviva, torna presente. O espetáculo Tekoha é dinâmico e didático, recontou a luta do Marçal. Em vários momentos me emocionei, pois Marçal influenciou muito na minha militância política." pontua Kemp.


O representante do Centro Indigenista Missionário (CIMI), Flávio Vicente, afirma que percebeu na peça simbolismos significativos da cultura indígena, que foram incorporados com cuidado ao espetáculo. "A relação do Maracá com Marçal foi utilizada muito bem, este é um instrumento de religiosidade, mas também de luta dos guarani. A peça é um grito no silêncio de injustiça."



A semana de estreias terminou, mas , a luta e o espetáculo continuam. Uma nova agenda de apresentações pelo interior do estado, está sendo elaborada.
Vida Longa ao nosso TEKOHA!


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Estreia do espetáculo TEKOHA


Foto de Laila Pulchério



Depois de seis meses de pesquisa e muitos ensaios, o espetáculo “Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno”, do Teatro Imaginário Maracangalha, já tem data marcada para sua estreia. A primeira apresentação acontecerá no dia 28, sexta-feira, na Aldeia Urbana Marçal de Souza, e segue ao longo da semana em diversos pontos da Capital.
Após 26 anos do assassinato do líder indígena guarani Marçal de Souza, sua história será contada através do teatro de rua. A trajetória de vida, a resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas, será representada por cinco atores em cena, tendo como linha condutora a morte e o conflito no julgamento, além de uma leitura contemporânea do papel das instituições como, imprensa, igreja, poder público e latifúndio, envolvidas no contexto de sua morte.
Marçal, guarani - nhandéva, denunciou a invasão de terras pelos fazendeiros, explorações, ilegalidades e desrespeito com as populações tradicionais, e logo foi alvo de perseguição dos latifundiários, recebendo intimidações e ameaças até ser assassinado em 1983. Os acusados por sua morte foram julgados, mas absolvidos.
A criação do espetáculo passou por um intenso processo de pesquisa. Recursos audiovisuais, textos e debates, foram elementos essenciais para a construção de uma leitura crítica, e um entendimento mais amplo acerca da realidade dos povos guarani em Mato Grosso do Sul. Os movimentos sociais, pessoas que conviveram com o líder e pesquisadores, contribuíram para o desenho das linhas gerais da peça. Em Abril, o grupo contou com o valoroso auxílio de Edna de Souza, filha de Marçal, que esteve com a equipe para um bate-papo, junto com Margarida Marques, jornalista que acompanhou, e registrou, momentos significativos da luta de Tupã-i,
Fernando Cruz, diretor do espetáculo, afirma que “A partir da história de Marçal, pretendemos abrir uma reflexão sobre todas as lutas travadas pelas populações excluídas; lutas que traduzem a resistência de um povo e a garantia de melhores condições de vida. Isso nos remete aos povos quilombolas, aos movimentos populares e sociais, entre tantos outros. Marçal de Souza se correlaciona com todas essas causas.” Pontua Cruz.
O grupo apresentou quadros da peça em dois importantes momentos da cultura indígena do estado; em comemoração ao Dia do Índio, na Aldeia Urbana Marçal de Souza, e no evento AVA MARANDU – Os guarani convidam. A repercussão foi positiva, e ultrapassou as fronteiras pantaneiras, prova disso, foi o convite feito pela de revista online Kalango, que contará na sua primeira edição com uma reportagem sobre o espetáculo sul-mato-grossense.
A estreia acontece dia 28, às 18 horas, na Aldeia Urbana Marçal de Souza, dia 29, às 10 horas na Praça Ary Coelho, e às 17 horas, na aldeia Água Bonita, e por último, dia 30, às 15h, na Darcy Ribeiro.

O Teatro Imaginário Maracangalha foi contemplado pelo edital do Fundo Municipal de Fomento ao Teatro da Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande - FOMTEATRO/FUNDAC, edição de 2009.

FICHA TÉCNICA
Direção: Fernando Cruz
Elenco: Emmanuel Mayer, Lika Rodrigues, Aniela Paes, Camilah Brito, Mauro Guimarães
Pesquisa: Patrícia Rodrigues
Alegoria: Lício Castro
Cenografia: Zé Eduardo Calegari Paulino
Figurino: Ramona Rodrigues
Fotos: Laila Pulchério
Produção: Ana Capilé
Preparação Vocal: Fábio Bernovique
Sistematização de conteúdo e Assessoria de Imprensa: Rafaela Muniz

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dois jovens indígenas e o cacique da etnia guarani, após a apresentação do espetáculo Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno, no projeto AVA MARANDU, falam sobre suas impressões sobre a peça. Assista!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Espetáculo Tekoha compõe programação do AVA MARANDU - Os guarani convidam

A estreia do espetáculo "Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno", já tem data marcada. A peça foi incorporada a programação do projeto AVA MARANDU - Os guarani convidam, realizado pelo Pontão de Cultura Guaicuru. Será na Sexta- feira(14), às 9 horas, na Praça Ary Coelho, que a população campo-grandese poderá conhecer a história de luta do líder guarani, Marçal de Souza.

É o início da caminhada. O grupo ainda irá passar, ao longo do mês de Maio, por cinco aldeias indígenas do Estado. As apresentações nas Aldeias Urbanas Marçal de Souza e Água Bonita, já estão confirmadas.

Esperamos todos!
Evoé.


SOBRE O AVA MARANDU
O projeto percorreu diversas aldeias indígenas em Mato Grosso do Sul, com oficinas de audiovisual e fotografias, e paralelamente promoveu dois concursos; um de Cartilha Ilustrada da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, e o outro de desenho, redação, poesia ou quadrinhos com a temática Cultura e Direitos Humanos dos Povos Guarani.
Para saber mais, visite o sítio do Ava Marandu
www.pontaodeculturaguaicuru.org.br/avamarandu/

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Em comemoração ao Dia do Índio, "Tekoha" faz primeira apresentação




O espetáculo de teatro de rua, "Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno", apresentará quadros da peça, na Aldeia Urbana Marçal de Souza, em comemoração ao dia 19 de Abril, Dia do Índio. A atividade faz parte do projeto Caminhão da Cultura, promovido pela Fundação Municipal de Cultura.

Inaugurada na década de 90, a comunidade localizada no Bairro Tiradentes, é considerada a primeira aldeia urbana do Brasil, e os indígenas residentes ali, em maioria, são da etnia Terena. Para o Teatro Imaginário Maracangalha e toda equipe do espetáculo, fazer a primeira apresentação da peça, ainda que não finalizada, neste ambiente tem um significado importante. "A estreia oficial é prevista para primeira semana de Maio, mas, ser incorporado na programação do Dia do Índio, e apresentar na comunidade que leva o nome de Marçal, tem uma energia muito especial", afirma Fernando Cruz.

As apresentações do Caminhão da Cultura, terão início dia 17, sábado. Na segunda-feira, 19, o "Tekoha" entra em cena, às 19 horas.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Pessoal, quando começamos a desenvolver o projeto, a criação do espetáculo, muitos amigos nos indicaram este documentário sobre a vida de Marçal de Souza. A produção participou do FUÁ - Festival Universitário Audiovisual, e recebeu muitos elogios, inclusive, foi premiado como melhor vídeo documentário.
Nós procuramos, achamos e pescamos o material que estava disponibilizado no YouTube. Sabe como é, TÁ NA REDE É PEIXE.

Nesta semana, iremos postar aqui as 3 partes do excelente vídeo documentário "Marçal de Souza: Um Pequeno Deus, Um Grande Ideal, Uma História Esquecida", produzido como Trabalho de Conclusão de Curso, pelos estudantes Marcos Bonilha, Ednaldo Souza, Dalila Cristina e Leonardo Fernandes Gordilho, do curso de tecnologia em Produção Multimídia da Anhanguera de Dourados.


PARTE 1



PARTE 2


PARTE 3

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Além da rotina diária dos ensaios, o elenco do espetáculo "Tekoha" não para de estudar. Debruçados nos textos Bertolt Brecht, e instigados pelas provocações de Fernando Cruz, diretor do espetáculo, o grupo, cotidianamente, faz reflexões sobre o trabalho que está sendo produzido, e o papel do ator neste contexto. O texto auxiliador no debate, neste caso, é o "Pequeno Organon" escrito em 1948, por Brecht.

Ainda nesta semana, o elenco e equipe técnica, assistirão ao filme "Terra dos índios",(1977) de Zelito Viana, documentário que percorreu diversas comunidades retratando a realidade dos indígenas no Brasil e suas dificuldades. Marçal de Souza, neste filme, revelou as condições precárias nas quais se encontravam esses povos.

Os estudos, através de filmes, livros, textos e debates, traz a possibilidade de perceber as várias formas que a história pode ser contada. Este processo continua durante todo o projeto. A pesquisa é contínua.








quarta-feira, 24 de março de 2010

Confira fotos do ensaio de rua

A praça do Rádio Clube foi palco do primeiro ensaio na rua do elenco do Tekoha. Durante 4 horas, o grupo repetidamente passou as linhas gerais do espetáculo, que
já está bem avançado. No ensaio aberto, foi possível ver o desenho da peça, uma dose do que o público poderá ver pronto na rua daqui 1 mês.
Confira as fotos do ensaio.

Crédito: Ana Capilé e Rafaela


Em cena, Aniela Paes e Mauro Guimarães


Camilah Brito





sexta-feira, 19 de março de 2010

Assista aos relatos da equipe técnica do espetáculo

Amparados nas pesquisas realizadas pelo grupo, a equipe técnica do espetáculo "Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno", têm desenvolvido seus trabalhosna perspectiva de fazer a junção entre as características do povo guarani e a realidade do cenário urbano das apresentaçãos.
Assista aos depoimentos do cenógrafo e figurinista, Zé Eduardo e Ramona Rodrigues, sobre o processo de criação destas peças.

quarta-feira, 17 de março de 2010

OFICINA DE TEATRO ABRE VAGAS PARA CURSO “ATOS DO OFÍCIO”


Continuam abertas as inscrições para o curso de teatro “ATOS DO OFÍCIO”, com o professor ator /diretor Fernando Cruz, no Centro Cultural José Otávio Guizzo. Os encontros estão agendados para toda Quarta-Feira, das 18 às 22h, com 160 horas de duração e certificado emitido pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
O curso de teatro “ATOS DO OFÍCIO” tem o objetivo de estimular e acessar o ator e não ator a formas diferenciadas de difusão das artes cênicas. O curso pretende pesquisar a utilização de diversos tipos de espaços para representação.
Através do “Teatro Imaginário Maracangalha” e da “Cia das Artes” o Ator e professor Fernando Cruz, busca investigar as possibilidades destes espaços e as linguagens que levem em conta forma e conteúdo, e que possam desta maneira interferir no cotidiano dessas pessoas, tornando o palco e a rua um local de observação e exploração quanto pesquisa e expressão.
A metodologia e fundamentação adotada na oficina foi selecionada e apresentada no Congresso da Confederação Brasileira de Arte-Educação/CNPq, como oficina em inovação metodológica sendo também executada em comunidades, grupos e festivais, num constante processo de pesquisa.
Desta forma o curso tem referencias para fomentar e estimular tecnicamente a linguagem do teatro como intervenção cultural de qualidade.
A oficina de teatro “Atos do Ofício” para atores e não atores, investigará a arte teatral, discutindo e construindo conceitos através de diálogos estéticos(música,poesia,imagens e vídeos)que serão representados em uma montagem final.
As aulas são realizadas no Centro Cultural José Otávio Guizzo, Sala Conceição Ferreira na Rua 26 de Agosto 453, Centro, tel. (067)33171792.
Carga horária-160 horas
Informações: 67-33067682 e 84326899
Email: teatroimaginariomaracangalha@gmail.com

quinta-feira, 4 de março de 2010

Equipe "Tekoha" recebe convidados especiais

O caminho até agora percorrido pela equipe de criação do espetáculo Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno, culminou em uma das atividades mais importantes para o grupo. Na terça-feira, dia 2, o Teatro Imaginário Maracangalha promoveu um encontro com convidados especiais, que de maneiras distintas, estiveram ligadas a Marçal de Souza. Edna de Souza, filha de Marçal e Margarida Marques, jornalista, em um bate papo descontraído, contaram seus causos e contribuíram para a reflexão que o grupo têm feito acerca do povo guarani, a vida de Marçal e o teatro. Segue a baixo as fotos da atividade. Logo mais, o registro completo.

Fotos de Gabriela





sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Líder indígena Marçal de Souza é tema de espetáculo teatral

O Teatro Imaginário Maracangalha iniciou o processo de criação do espetáculo de rua, “Tekoha -Ritual de vida e morte do Deus Pequeno”, que narra a trajetória do líder indígena guarani Marçal de Souza.

O grupo foi contemplado pelo edital do Fundo Municipal de Fomento ao Teatro da Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande. -

Fernando Cruz, diretor da montagem, há mais de 10 anos vem amadurecendo a proposta deste projeto. A força das palavras de Marçal de Souza, caladas há 26 anos, ainda pulsa fortemente entre os guarani, e relembrar esta história exigia do grupo um entendimento mais amplo, um olhar antropológico, histórico e político. “A partir da história de Marçal, pretendemos abrir uma reflexão sobre todas as lutas travadas pelas populações excluídas; lutas que traduzem a resistência de um povo e a garantia de melhores condições de vida. Isso nos remete aos povos quilombolas, aos movimentos populares e sociais, entre tantos outros. Marçal de Souza se correlaciona com todas essas causas.” Afirma Cruz.

A palavra que leva o nome do espetáculo, Tekoha, tem um significado muito peculiar para o povo Guarani. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço do pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guarani vivem o seu modo de ser. O Teatro Imaginário Maracangalha, quer fazer da rua a representação deste espaço tão sagrado aos Guarani.

A equipe de criação do espetáculo é composta por 12 pessoas, e todas têm participado desde dezembro de 2009, de um intenso processo de pesquisa conduzido pela historiadora Patrícia Rodrigues. São dois encontros por semana, onde a troca de informação através de recursos audiovisuais, materiais para leitura e referências teóricas tornam-se os elementos essenciais para a construção de uma leitura crítica e de um entendimento mais amplo sobre a luta guarani em Mato Grosso do Sul. “É imprescindível o estudo e leitura para a construção do espetáculo, o processo de pesquisa é fundamental para os atores e toda equipe. Temos que ter a percepção da correlação de força envolvida, e que representam o poder como um todo, compreensão para poder levar à rua a história deste homem, revelar o que aconteceu, e o que continua acontecendo." Afirma Cruz.

A história de vida do líder Marçal de Souza, será representada por cinco atores em cena, tendo como linha condutora a morte e o conflito no julgamento, além de uma leitura contemporânea do papel das instituições como, imprensa, igreja, poder público e latifúndio, envolvidas no contexto de sua morte. Marçal, travou o principal embate político em Mato Grosso do Sul em relação aos direitos dos povos indígenas, principalmente aos guarani - nhandéva, sua etnia. Incansavelmente, denunciou a invasão de terras pelos fazendeiros, explorações e ilegalidades acerca do desrespeito com as populações tradicionais, e logo foi alvo de perseguição dos latifundiários da região, recebendo intimidações e ameaças até ser assassinado em 1983. Os acusados por sua morte foram julgados, mas absolvidos.

Para levar isso ao público, o grupo irá utilizar elementos de rua a partir de pesquisa cênica fundamentada em Augusto Boal e Bertolt Brecht, onde as representações que identifiquem os elementos em cena, no caso, o opressor e oprimido, sejam destacadas pela relação antagônica entre ambos.

A realização desta peça cumpre um importante papel social à sociedade sul-mato-grossense, pois, ao aliar história e arte, através de formas alternativas de difusão, é possível resgatar a memória deste grande homem e estimular uma reflexão sobre a questão indígena da região. O espetáculo será apresentado em comunidades indígenas da capital, como Aldeia Urbana Marçal de Souza, Aldeia Água Bonita, e na Praça Ary Coelho. .

A estreia está prevista para primeira semana de Abril. Todo esse processo de elaboração, montagem e pesquisa estarão publicadas no blog do grupo, e podem ser acessadas pelo endereço www.tekohamarcaldesouza.blogspot.com

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Discurso feito por Marçal de Souza, Tupã-i, ao Papa João Paulo II, no ano de 1980, em Manaus.

"Nossas terras são invadidas, nossas terras são tomadas,
os nossos territórios são diminuídos, (e) não temos mais
condições de sobrevivência.
Queremos dizer a Vossa Santidade a nossa miséria, a nossa
tristeza pela moret de nossos líderes assassinados friamente
por aqueles que tomam nosso chão, aquilo que para nós representa
a própria vida e nossa sobrevivência neste grande Brasil, chamado
um país cristão.

Santo Padre, nós depositamos uma grande esperança na sua visita
ao nosso país. Leve o nosso clamor, a nossa voz para outros
territórios que não são nossos, mas que o povo nos escute,
uma população mais humana lute por nós, porque o nosso
povo, nossa nação indígena está desaparecendo do Brasil"

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Pesquisa sobre a vida de Marçal de Souza e os Guaranis

Com a equipe completa, após a seleção dos atores, os membros do Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno, dão continuidade ao intenso processo de pesquisa sobre a vida de Marçal de Souza e sua etnia. Durante o mês de Janeiro, os encontros serão conduzidos pela pesquisadora Patrícia Rodrigues, que está à frente deste estudo.

Fernando Cruz, diretor do Teatro Imaginário Maracangalha, afirma que é imprescindível o estudo e leitura para a construção do espetáculo. "O processo de pesquisa é fundamental para os atores e toda equipe. Temos que ter a percepção da correlação de força envolvida, e que representam o poder como um todo, compreeensão para poder levar à rua a história deste homem, revelar o que aconteceu, o que continua acontecendo." afirma.
Segue abaixo fotos do encontro.





segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Seleção de atores

A seleção de atores para compor o elenco do Tekoha - Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno, aconteceu na última sexta feira, dia 15. Ao todo, foram 10 candidatos, apenas 3 serão contemplados.
Assista agora ao vídeo onde o diretor Fernando Cruz, explica como foi a seleção.


Seleção de Atores

TEATRO IMAGINÁRIO MARACANGALHA

TESTE PARA TEATRO DE RUA

O Teatro Imaginário Maracangalha da partida ao teste de seleção para finalização do elenco da peça “Tekoha-Ritual de vida e morte do Deus Pequeno”.
Atenção para as seguintes informações:

1. A peça “Tekoha-Ritual de vida e morte do Deus Pequeno”é um projeto realizado pelo "Teatro Imaginário Maracangalha”com Direção do Diretor e Ator Fernando Cruz,sendo um trabalho aprovado pela Fundo Municipal de Fomento ao Teatro –FUNDAC/PMCG.
2. Não temos perfil definidos dos atores. Todos os interessados acima de 18 anos podem comparecer ao teste;
3. Para realização do teste os candidatos precisam apenas comparecer no dia, não há nenhum texto ou proposta de cena para preparar.
4. Todas as informações serão passadas no dia do teste.

Todos os interessados devem comparecer no seguinte endereço, data e horário:

Data: 15 de janeiro
Horário: 14:00-18:00 hs
Endereço: Armazém Cultural - Ao lado da Feira Central
Maiores informações: Tel: 067-33067682 / falar com Ana Capilé

fernandoocruz@hotmail.com/teatroimaginariomaracangalha@gmail.com