sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Relatório de Atividade

Campo Grande, 24 de setembro de 2014



A Fundação de Cultura do MS

Relatório de atividades realizadas com dinheiro público

O Teatro Imaginário Maracangalha relata as duas ações públicas realizadas com apoio/investimento dessa Instituição pública.

1. Sarobá coisa do preto
Nos dias 12 e 13 de junho de 2015 realizamos o “Sarobá coisa de preto” na praça do Preto velho na Vila progresso em Campo Grande.

O Sarobá é uma ação gratuita de artes integradas (seminário, música, dança, teatro, artes visuais, áudio visual, cultura da infância, literatura ,escambo, gastronomia) realizada de forma independente e horizontal, reunindo amigos, artesãos e artistas voluntários com público estimado em 3000 (três mil) pessoas.

Vários comparsas contribuem em espécie, a soma desses esforços faz o Sarobá acontecer, sendo que nenhum colaborador é privilegiado ou está acima dos demais, é colaboração horizontal e todos têm sua logo e nomes amplamente divulgados em toda mídia, material impresso e durante a ação comunicando ao público quem constrói coletivamente o Sarobá.

Na realização do Sarobá a população é a maior beneficiada, pois toda a programação é gratuita, dessa forma passa a ter acesso à produção cultural de Campo Grande que é carente de políticas públicas efetivas para arte e cultura.
Como uma das partes da colaboração contamos nessa edição com FCMS na estrutura de iluminação e sonorização de qualidade, o que valorizou muito a ação e cumpriu um dos papéis dessa instituição.

2. 16º Encontro da RBTR - Rede brasileira de Teatro de Rua- Sorocaba -SP
Nos dias 13-17 de maio o Teatro Imaginário Maracangalha participou do 16 º Encontro da RBTR em Sorocaba SP.

O encontro contou com a participação de aproximadamente 200 (duzentos) artistas de teatro de rua representando 17 estados de todas as regiões do Brasil.

Durante o encontro realizamos debates sobre políticas públicas para o teatro brasileiro, ações formativas e intercâmbio entre quatro Grupos de Trabalho (política, 11comunicação e colaboração artísticas) além de um cortejo público apresentações de espetáculos, construção de uma carta documento e esboço da revista RBTR e um vídeo-manifesto pela desmilitarização do estado brasileiro e a impunidade, em memória da atriz Lua Barbosa assassinada pela polícia militar paulista.

O encontro teve como convidado o ativista cultural Célio Turino fazendo uma análise de conjuntura das políticas públicas para arte e cultura no Brasil.

Na análise o convidado destaca pontos que se encontram em sintonia com a Carta da RBTR onde destacamos o retrocesso e desmonte do Sistema Nacional de Cultura por parte do Governo Federal, estados e municípios da união que transformam as ações públicas de arte e cultura em discurso eleitoreiro e troca de favores desconstruindo a importância e dimensão de Coletivos, Redes, Sociedade civil, Pontos de Cultura nas transformações da sociedade brasileira.

A RBTR realiza dois encontros por ano de forma independente, os grupos integrantes articulam-se e produzem a programação, hospedagem, alimentação e transporte através de um chapéu virtual e a colaboração de parceiros e grupos de teatro.

O apoio /investimento por parte da FCMS foi financeiro em forma de 01 (um) cachê no valor de R$ 4000,00 que complementou as despesas de viajem (transporte, alimentação e hospedagem) tendo como contrapartida uma apresentação teatral pública de espetáculo do repertório do grupo que ainda se encontra aberta.

O cachê solicitado apoiaria a participação de representantes de quatro grupos locais que devido a agenda dos grupos não puderam participar do encontro.

O Teatro Imaginário Maracangalha participou com 07 (sete) integrantes e trouxe para os grupos locais a devolutiva e importância de articular-se em redes que atuam no país resistindo e sobrevivendo como trabalhadores da cultura.

Reconhecemos na relação institucional a importância da colaboração da FCMS não como ajuda e sim como exercício do papel do poder público em promover o acesso e estímulo a formação, produção cultural e circulação.


 Que através do diálogo e ações efetivas de política públicas para a arte  e cultura ,acreditamos que o poder público somos nós, cidadãos trabalhadores beneficiando-nos mutuamente   e apostando sempre na construção de um mundo melhor.